Nesta terça-feira (25), em razão pelo Dia Nacional da Adoção, o Governo Federal lançou uma cartilha para incentivar a adoção de crianças mais velhas, de adolescentes e daqueles com alguma deficiência, doença rara ou crônica.
A cartilha Adote um Amor foi elaborada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), pasta liderada pela ministra Damares Alves, que fez uma fala sobre a importância da adoção.
“A adoção de crianças e adolescentes e de jovens, porque não falar de jovens, precisa ser cada vez mais incentivada no Brasil. E a adoção de crianças com deficiências e doenças raras. Trazer essa discussão é mais que necessário, é mais que urgente.”
Segundo a Pasta, há 4.963 crianças aptas à adoção no país e 32.863 pretendentes habilitados, de acordo com dados do Sistema Nacional de Adoção, do Conselho Nacional de Justiça. Segundo a Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do MMFDH, aproximadamente 25% das crianças que estão na fila de adoção têm deficiência ou algum tipo de doença rara.
A secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Priscila Gaspar, afirmou que a adoção de crianças e adolescentes com deficiência é um tema pouco discutido pela sociedade e rodeado de preconceito. “Ter uma família é algo natural e é próprio de todo ser humano e deve ser a realidade de todas as crianças com deficiência ou com doenças raras. É essencial que possamos compreender, desmistificar e vencer o preconceito, o medo diante da adoção das pessoas com deficiência.”
A Cartilha
A publicação traz as explicações básicas sobre quem pode adotar e como se dá o processo. A seguir, detalha o que é a adoção tardia e especificidades desse tipo de acolhimento, como a necessidade de adaptação e a importância de desenvolver vínculos de confiança. Sugere também documentários sobre o tema.
Em relação à adoção de crianças e adolescentes com deficiência ou doenças crônicas e raras, a cartilha Adote um Amor tem orientações sobre a legislação relacionada às pessoas com deficiência e doenças raras, como buscar assistência à saúde, escola e transporte para esses casos. E também sugere a leitura de exemplos de casos de adoção.
A publicação também apresenta dados que mostram que, atualmente, 55,6% dos pretendentes habilitados afirmam aceitar adotar crianças com alguma deficiência ou doença. No entanto, apenas 5,36% deles aceitariam adotar uma criança com HIV, 4,1% concordariam com a adoção de criança com deficiência física, e somente 2,5% se habilitaram para receber uma criança com deficiência física e intelectual.
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