O Tribunal Superior Eleitoral, através do corregedor Luís Felipe Salomão, ordenou que as redes sociais interrompam a monetização de canais de direita acusados de propagarem notícias falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro.
A decisão vale para o pagamento de publicidades e serviços de doações no YouTube, Twitter, Facebook, Instagram e Twitch.
Entre os canais e perfis afetados temos: Adilson Nelson Dini – RAVOX, Alberto Junio da Silva 1, Alberto Junio da Silva 2, Bárbara Zambaldi Destefani, Camila Abdo Leite do Amaral Calvo, Emerson Teixeira de Andrade, Fernando
Lisboa da Conceição (Vlog do Lisboa1), Fernando Lisboa da Conceição (Vlog do Lisboa2), Folha Política, Jornal da Cidade On Line, Oswaldo Eustáquio, Roberto Boni – Canal Universo 1, Roberto Boni – Canal Universo 2, Terça Livre, Allan dos Santos, Allan Lopes dos Santos, Marcelo Frazão de Almeida, Nas Ruas, entre outros.
Os perfis são acusados em um inquérito administrativo da Polícia Federal de espalharem conteúdos sobre supostas fraudes no processo eleitoral, principalmente sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas.
O corregedor entendeu que há elementos que o levariam a crer na existência de “uma rede vasta, organizada e complexa para contaminar negativamente o debate político e estimular a polarização”.
Além de exigir o cancelamento da monetização desses perfis, o corregedor também pede que as plataformas sejam proibidas de indicar outros canais e vídeos de conteúdo político por meio do algoritmo.
Acusados se manifestam nas redes sociais
Através do Twitter, a Folha Política promete buscar formas legais para reverter a decisão. “Agradecemos pelo apoio de nosso público, continuaremos a exercer nosso trabalho, mesmo com o bloqueio de nossos meios de sustento, e buscaremos os meios legais para reverter essa censura”.
Já o Terça Livre noticiou aos seguires que o canal pode deixar de existir, pois não conseguirão pagar os funcionários e não há a quem recorrer.
O Jornal Cidade Online disse “Querem nos calar”, e Bárbara Zambaldi Destefani chegou a fazer uma live dizendo que está sendo punida pelo “crime de opinião”.