Durante visita ao Ceará na última semana, o ex-presidente Lula participou do evento “Lula com cultura e os movimentos sociais” e recebeu algumas representantes de religiões de matriz africana.
Eles o saudaram por ser “filho de Xangô”, um orixá cultuado pelas religiões afro-brasileiras que é considerado o deus da justiça, do fogo, dos raios e dos trovões.
Uma delas, ao entregar um colar de contas, pediu para que ele o usasse quando assumir a Presidência da República em 2023. “Nos salve, Lula. A gente precisa muito do senhor”, disse ela.
Outra mãe de santo falou palavras que parecem dialeto africano, entregou também um colar de contas de disse: “Ninguém vence a força de Xangô e você, por ser um homem de Xangô, enfrentou o que muita gente não enfrentaria, a injustiça batida na porta, a dor sofrida e as noites da prisão. Mas Xangô, seu pai, te segurou e te segura porque o meu povo de terreiro teve vez quando você foi presidente desse país”.
A representante da Umbanda também entregou ao presidente uma imagem de Zé Pelintra, um entidade de religiões afro-brasileiras, que é conhecido como o “rei da malandragem”.
Assista:
Lula tem fortes ligações com religiões afros
Quando foi preso em Curitiba (PR), Lula montou em sua cela um altar com imagens de santos e orixás que recebeu de líderes religiosos. No mesmo espaço ele ainda mantinha uma Bíblia, figurinhas de santos e um escapulário, como escreveu a jornalista Monica Bergamo.
Suas ligações com religiosos desse segmento é tão grande que, de acordo com a pesquisa do PoderData, Lula teria 78% dos votos de adeptos da umbanda e do candomblé.