Vereador Eudes Assis lamenta decisão de Barroso sobre cristãos em aldeias indígenas: “decisão parcial e arbitrária”

O vereador de Palmas, no Estado do Tocantins, Eudes Assis (PSDB) lamentou a decisão do ministro do STF, Luís Roberto Barroso, de proibir a entrada de missionários cristãos em aldeias indígenas, com a justificativa de não barrar a transmissão da covid-19. Para o vereador, é uma decisão completamente parcial e arbitrária, que viola a liberdade dos próprios indígenas que sempre deixaram as portas abertas para a pregação do evangelho.

 

Para o parlamentar, está evidente a aversão do ministro Barroso em relação ao cristianismo no Brasil: “Foi uma decisão infeliz e revela aversão a palavra de Deus, ao o crescimento da obra de Deus no Brasil”, disse o parlamentar em entrevista ao JM Notícia.

 

Usurpação

 

O vereador reforçou mais uma vez, que o STF está usurpando a competência do Poder Legislativo: “O que temos visto nos últimos anos, é uma inversão de competência. O STF está literalmente legislando e julgando no país. Isso precisa parar”, declarou Eudes Assis.

 

Frente Parlamentar Evangélica

Frente Parlamentar Evangélica (FPE) também emitiu uma nota de repúdio ao ministro Luís Roberto Barroso por conta da decisão que proíbe a entrada de missionários em tribos indígenas isoladas durante a pandemia.

Para a entidade, que reúne deputados federais e senadores evangélicos, a decisão – que foi tomada a pedido do PT – “agride, frontalmente, a liberdade religiosa e a separação de poderes”.

A nota também diz que “no que diz respeito às premissas, a decisão ignora o papel das missões religiosas nas terras indígenas, sejam evangélicas, sejam católicas, cujas ações são precipuamente relacionadas às áreas de saúde, da educação e da subsistência e sempre realizadas com o devido cuidado da preservação linguístico”.

A Frente também fala que a decisão da ADI 6622 acaba prejudicando os povos indígenas, no lugar de defendê-los. a prática, a pretexto de proteger a vida e a saúde contra a disseminação da Covid-19, a decisão nega acesso aos povos indígenas de instrumentos das missões religiosas que efetivam tais direitos; a pretexto de promover o diálogo intercultural, a decisão isola os povos indígenas e lhes interdita aos benefícios das ações das missões religiosas nesse sentido; a pretexto de promover o diálogo institucional entre o Poder Judiciário e o Poder Executivo, a decisão judicial ignora outras decisões fundamentadas do Poder Executivo, que, detendo melhores instrumentos para avaliação da efetividade das políticas públicas, reconhecem a imprescindibilidade das missões religiosas”.

Em outro trecho, a FPE diz “denunciar e repudiar a referida decisão, claramente orientada por ideologia declaradamente anticristã e antidemocrática, com simples intuito de promover, acintosamente, inadmissível perseguição ideológica e religiosa aos missionários cristãos”.

Barroso deferiu parcialmente nesta quinta-feira (23) a ADI 6622, determinando assim que novos grupos missionários não poderão chegar em tribos indígenas isoladas.