O Ministério da Agricultura e Pecuária proibiu a venda, armazenamento e uso da vacina contra a febre aftosa por produtores rurais nos estados do Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins. Esses estados são parte do Bloco IV do Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa e fazem parte da zona livre de aftosa sem vacinação. A medida visa cumprir as exigências das organizações nacionais e internacionais de saúde animal para obter a certificação de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), a venda da vacina para produtores rurais no Tocantins está proibida, mas a comercialização pode ser autorizada para lojas agropecuárias fornecerem em outros estados que ainda possuem a vacinação regular de bovinos e bubalinos. O governo federal estima que aproximadamente 113 milhões de animais deixarão de ser vacinados com a suspensão da vacinação nesses estados, o que corresponde a quase metade do rebanho do país.
Para que um estado seja reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação, é necessário suspender a vacinação por pelo menos um ano e proibir o ingresso de animais vacinados. O Brasil tem como objetivo se tornar livre de febre aftosa sem vacinação até 2026, mas até o momento, apenas Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e algumas regiões do Amazonas e Mato Grosso possuem a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação. A Adapec fará um trabalho de conscientização para garantir o cumprimento das exigências e os produtores rurais e empresários podem obter mais informações entrando em contato pelo telefone fornecido.