Uma análise recente da Agência Brasil destacou que as capitais da região Norte do Brasil compartilham desafios semelhantes. Em Palmas, a capital mais jovem do país e uma cidade planejada, a área central conta com boa infraestrutura devido ao projeto original da cidade. Contudo, os problemas não se limitam apenas à infraestrutura.
Belém, Manaus, Porto Velho e Palmas lidam com dificuldades significativas em termos de habitação e regularização fundiária. Além disso, todas essas capitais enfrentam índices preocupantes de violência e deficiências em serviços públicos, principalmente no setor de saneamento básico, afetando diretamente a saúde da população.
Fernando Luiz Araújo Sobrinho, professor do Instituto de Ciências Humanas da Universidade de Brasília (UnB), realizou pesquisas sobre o planejamento urbano e regional na Amazônia. Ele destacou questões estruturais nas capitais do Norte, incluindo aspectos econômicos e de serviços.
Com a proximidade das eleições municipais, o professor Sobrinho identificou cinco problemas prioritários a serem enfrentados pelos futuros prefeitos dessas capitais: regularização fundiária, habitação social, saneamento básico, melhoria dos serviços públicos e combate à violência.
Segundo Sobrinho, o próximo prefeito de Palmas terá desafios que vão além do centro urbano. A região metropolitana, que está em processo de crescimento, precisa ser considerada de forma integrada. “São os chamados consórcios intermunicipais, de forma a pensar formas mais integradas para a região que começa a ter um processo de crescimento muito grande, afetando principalmente a periferia da capital e os municípios de seu entorno”, explicou o professor.
Ele também ressaltou o crescimento da população migrante nas cidades ao redor de Palmas, o que leva à expansão para além dos limites da capital. A busca por melhores condições de vida atrai essa população para a periferia, resultando em novos desafios para a gestão urbana e regional.