A prefeita esquerdista de Chicago, Lori Lightfoot, a primeira mulher negra e a primeira pessoa abertamente gay a ocupar o cargo, conseguiu também ser a primeira titular em exatamente 40 anos a não conseguir a reeleição.
Em sua defesa, a política alegou que sua derrota é resultado de racismo e misoginia. Os repórteres a questionaram sobre a derrota humilhante e se ela achou que foi tratada injustiçadamente durante o processo de campanha: “É claro, sou uma mulher negra“, disse ela. “Não nos esqueçamos: certas pessoas, francamente, não nos apoiam em papéis de liderança”.
Segundo informações do jornalista Gabriel Ferrigno, sob a gestão de Lori o crime literalmente compensou na cidade de Chicago. Em 2021, os homicídios subiram para os números mais altos na cidade dos últimos 25 anos, superando outras cidades dominadas pelo crime, como New York e Los Angeles.
“Ao longo de seu mandato, a prefeita foi duramente criticada por seu mau relacionamento com a aplicação da lei, já que o Departamento de Polícia de Chicago perdeu um número significativo de policiais nos últimos anos em meio ao aumento da criminalidade”, relatou Ferrigno.
O Chicago Tribune chamou a derrota de “constrangimento político” e argumento que o crime “disparou” sobre sua gestão: “Lightfoot fez campanha para prefeita em 2019 argumentando que o crime estava muito alto, dizendo querer fazer de Chicago a “cidade grande mais segura do país”, disse o Chicago Tribune em sua análise de como ela passou de “estrela do rock político ao fundo do poço”.
Os crimes violentos na cidade aumentaram 40% desde que ela prometeu durante seu discurso de posse, em 2019, acabar com a “epidemia de violência armada que devasta famílias, destrói comunidades, mantém crianças reféns do medo em suas próprias casas”, informou o Chicago Sun-Times.