Pastor Jacques Balbino, líder da Associação ADBrás Alagoas, destacou publicamente que a instituição não se opõe a outros grupos religiosos. A declaração ocorre em um contexto de discussões sobre pluralismo no cenário evangélico brasileiro. O posicionamento visa enfatizar a coexistência pacífica entre diferentes vertentes de fé.
Declaração busca promover união entre igrejas
Em um momento de polarizações frequentes no meio religioso, Balbino chamou atenção ao afirmar que a ADBrás Alagoas não vê rivais em outras denominações. “Nossa missão é servir, não competir”, comentou o pastor, durante uma conversa com a reportagem. Ele reforçou que a entidade prioriza ações sociais e espirituais, sem interferir em iniciativas de terceiros. A fala ganhou repercussão em redes sociais, onde seguidores elogiaram o tom conciliador.
Contexto de debates sobre pluralismo religioso
Especialistas apontam que a discussão sobre cooperação entre igrejas ganhou força após episódios recentes de críticas públicas entre líderes evangélicos. Para o sociólogo Rafael Costa, a postura de Balbino reflete uma tendência crescente: “Há uma busca por narrativas que valorizem a colaboração, especialmente em regiões com forte presença de múltiplas denominações, como o Nordeste”. A ADBrás Alagoas, fundada há 15 anos, é conhecida por projetos comunitários em bairros periféricos de Maceió.
Falta de posicionamento de outras instituições
Apesar da declaração do pastor, não há confirmação de que outras lideranças religiosas tenham se manifestado sobre o tema. Procuradas, entidades como a Convenção Batista e a Assembleia de Deus ainda não se pronunciaram. A ausência de respostas públicas deixa em aberto como o discurso de Balbino será recebido no meio evangélico. Enquanto isso, membros de congregações locais expressam esperança de que o exemplo incentive mais diálogo.
Especialistas destacam necessidade de diálogo
Para teólogos, a iniciativa de Balbino pode ser um passo importante para reduzir atritos históricos. “Quando líderes abrem espaço para o respeito mútuo, isso reverbera nas bases”, analisa a pesquisadora Marina Santos. Ela lembra, porém, que declarações isoladas não resolvem desafios estruturais, como a disputa por fiéis e recursos. A própria ADBrás Alagoas não detalhou como pretende colocar o discurso em prática, mas prometeu ampliar projetos inter-religiosos até 2025.
A reportagem não encontrou confirmação independente sobre eventuais parcerias ou ações concretas citadas pelo pastor. Mesmo assim, a mensagem de união já ecoa como um contraponto a narrativas de divisão.