O pastor Renato Vargens, conhecido líder evangélico, fez duras críticas ao ativismo judicial e ideológico que busca a descriminalização da maconha no Brasil. Em declarações recentes, Vargens condenou veementemente a postura da esquerda política, afirmando que esta não apenas deseja a descriminalização da posse da droga, mas também defende a liberação do aborto e minimiza crimes como pequenos furtos.
“A esquerda não quer punir pequenos furtos, afinal de contas, qual o problema de alguém roubar um celular para uma cervejinha? Também querem a descriminalização da maconha, e é claro a liberação do aborto. Aos poucos o inferno vai abrindo suas portas, mas sabe o que é pior? São ‘cristãos’ concordando com isso tudo”, destacou o pastor em suas declarações.
Enquanto isso, no âmbito político, o Senado Federal avança em uma proposta que visa declarar crime o porte de maconha “independentemente da quantidade”. Após um pedido de vista que interrompeu o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa marcou para a próxima quarta-feira (13) a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata do tema.
O senador Efraim Filho (União-PB), relator do texto na CCJ, afirmou que a data foi acertada no colegiado e que, caso a PEC seja aprovada na comissão, será possível analisar a proposta no plenário do Senado na semana seguinte. “Vamos iniciar os debates na próxima quarta-feira. O pedido de vista no Supremo nos deu tempo para construir soluções aqui no Parlamento. Será uma etapa de cada vez, mas dá para afirmar que vamos avançar no tema”, explicou Filho.
Já o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), também membro da CCJ, comemorou o pedido de vista por parte do Supremo, enfatizando que as decisões políticas devem ser tomadas pelo Parlamento e não pelo Judiciário. “A suspensão é uma sinalização de que parte do Supremo já tem essa compreensão. Particularmente, sou contra a descriminalização. Não vejo nenhum benefício para a segurança ou saúde públicas”, afirmou Vieira.