Uma reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e líderes evangélicos, organizada pelo governo, gerou desconforto em parte da bancada evangélica.
O encontro tinha como objetivo esclarecer as razões que levaram a Receita Federal a revogar benefícios fiscais destinados a entidades religiosas. No entanto, a decisão foi interpretada por parte da bancada evangélica como uma “perseguição política” por parte do governo.
A busca pelo diálogo com os evangélicos ocorre em meio à estratégia do governo de se aproximar desse grupo religioso visando as eleições municipais. No entanto, a iniciativa parece ter gerado atritos políticos, especialmente entre aliados de Bolsonaro.
O vice-presidente da Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou ao JM Notícia que os deputados presentes na reunião não representam necessariamente a Frente Parlamentar Evangélica (FPE). “Não houve comunicação, nem convite, nem aos parlamentares, nem à diretoria da FPE. Temos dois grupos de WhatsApp para isso, não houve nem convite nem comunicado, foi uma reunião apócrifa”, destacou.
Sóstenes Cavalcante também mostrou-se contrárioa a posição do deputado Marcelo Crivella, que ponderou sobre o fim da isenção ao afirmar que o governo não está contra os evangélicos. “É uma opinião pessoal dele, à qual sou totalmente contra”, declarou o vice-presidente da Câmara a CNN.
Foto: Reunião entre o ministro Fernando Haddad e parlamentares da Frente Parlamentar EvangélicaDivulgação/Gustavo Raniere