O governo argelino intensificou a sua repressão às igrejas domésticas, impondo um limite estrito de 10 pessoas por reunião, de acordo com um relatório, que afirma que vários líderes religiosos argelinos foram recentemente condenados à prisão.
A aplicação da lei inclui não apenas a limitação de reuniões, mas também a condenação de vários líderes religiosos à prisão, afirma o órgão de vigilância da perseguição com sede nos EUA, International Christian Concern.
Esta repressão coincide com o aumento das tensões após a guerra Hamas-Israel, durante a qual o governo argelino percebeu os cristãos como simpatizantes de Israel, associando-os assim a influências estrangeiras e ocidentais que alegadamente ameaçam a unidade islâmica da nação, explica a ICC.
Marrocos, um importante concorrente regional da Argélia, estabeleceu laços diplomáticos com Israel em 2020 como parte dos Acordos de Abraham, facilitados pelos Estados Unidos. Esta normalização foi em troca do reconhecimento pelos EUA da soberania de Marrocos sobre o Sahara Ocidental, uma questão territorial à qual a Argélia se opõe.
O ministério Voz dos Mártires destaca o contexto histórico do país, o que aumenta a complexidade desta situação.