Duas famílias evangélicas no centro do México foram excluídas dos serviços essenciais como a água, além de correrem o risco de serem expulsas da comunidade porque estão se recusando a negarem a fé em Jesus.
As famílias de Nemesio Cruz Hernández e Eligio Santiago Hernández, que são da Primeira Igreja Batista na área de La Mesa Limantitla, no município de Huejutla de los Reyes, no estado de Hidalgo, foram ameaçadas durante uma reunião comunitária na segunda-feira, segundo relato do grupo cristão Solidariedade Mundial com sede no Reino Unido.
Os líderes comunitários forçam as famílias para que elas neguem a fé em Jesus, mas eles se negam. Até mesmo os cultos domiciliares foram proibidos pelos líderes identificados como Jose Marcos Martínez e Julio Alvarado Hernández.
A perseguição aos cristas daquela comunidade é antiga, em 2019 oito famílias foram obrigadas a assinarem um acordo renunciando a fé em Jesus, mas Cruz Hernández e Santiago Hernandéz não aceitaram o acordo.
Os líderes comunitários então bloquearam o acesso das duas famílias à água, serviços de esgoto, programas de benefícios do governo e a usina comunitária por mais de um ano, até que foram forçados a assinar um acordo extrajudicial em 15 de janeiro de 2020, no qual renunciaram a seus direito de realizar serviços religiosos.
O acordo determinava que cada família seria condenada a pagar uma multa ilegal de 57.770 pesos mexicanos, aproximadamente 3 mil dólares, valor este pago pelas autoridades estaduais. As informações são do Christian Post.
Mesmo com o pagamento da multa, as famílias continuam sendo ameaçadas, mostrando o quanto o México está cada vez mais hostil para a mensagem do Evangelho.
ONGs de proteção à liberdade religiosa estão agindo para que o governo municipal, estadual e federal se manifestem para impedir atos como estes, garantindo a liberdade de crença dos cidadãos mexicanos.
Atualmente o México ocupa a posição 52 entre os países com mais perseguição aos cristãos, segundo a Lista Mundial de Perseguição Religiosa do Portas Abertas.