Em uma entrevista recente concedida à colunista Mônica Bergamo, o pastor Silas Malafaia, líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, dirigiu críticas contundentes ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Malafaia, que tem sido um aliado histórico de Bolsonaro, expressou sua decepção e frustração com a postura do ex-mandatário nas eleições para a Prefeitura de São Paulo.
Críticas à Omissão de Bolsonaro
Malafaia acusou Bolsonaro de omissão durante as eleições, sugerindo que o ex-presidente se omitiu por medo de ser derrotado por Pablo Marçal (PRTB), caso o ex-coach vencesse o prefeito Ricardo Nunes (MDB). O pastor questionou a liderança de Bolsonaro, afirmando: “Que porcaria de líder é esse? Um líder não se guia exclusivamente pelo medo de perder”.
Comunicação e Alertas
Malafaia revelou que, antes de dar a entrevista, enviou mais de 20 mensagens de WhatsApp para Bolsonaro, criticando sua atitude durante as eleições. Ele enfatizou a importância de amigos leais que dizem a verdade, em vez de amigos falsos que atacam por trás. “Prefiro um amigo leal que diga a verdade na minha cara, do que um amigo falso que me ataca por trás e finge que concorda com tudo que eu falo. Verdadeiros amigos dão alertas,” disse Malafaia.
Resposta de Bolsonaro e Família
Diante das críticas, Bolsonaro optou por não entrar em confronto direto com Malafaia. Em uma conversa por chamada de vídeo, Bolsonaro resumiu sua posição de forma metafórica: “Meu Posto Ipiranga não tem gasolina, só tem água”.Os filhos de Bolsonaro, Flávio e Eduardo, também se pronunciaram sobre o assunto, evitando confronto e enfatizando a necessidade de “distencionamento”. Flávio Bolsonaro comparou a situação a um time de futebol, onde cada membro tem sua função, e destacou a importância de trabalhar juntos para vencer a extrema-esquerda em São Paulo. Eduardo Bolsonaro, por sua vez, reconheceu a importância de Malafaia para as pautas conservadoras e expressou sua intenção de resolver as questões internamente.
Continuidade do Apoio
Apesar das críticas, Malafaia reafirmou seu apoio a Bolsonaro, mas clarificou que não é um “bolsominion” ou “alienado”. Ele mantém sua lealdade ao ex-presidente, ressaltando que ninguém defendeu tanto Bolsonaro nos últimos anos quanto ele próprio.