A Dinamarca anunciou nesta quinta-feira (15) a suspensão total do uso da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.
O motivo seria os efeitos colaterais da doença, como a coagulação apresentada em algumas pessoas.
“Devemos pesar isso contra o fato de que agora temos um risco conhecido de efeitos adversos graves da vacinação com AstraZeneca, mesmo que o risco em termos absolutos seja pequeno”, disse o diretor-geral da Autoridade de Saúde Dinamarquesa, Soren Brostom.
O país se torna o primeiro da Europa a suspender a vacinação com a AstraZeneca, mas seguirá aplicando as vacinas da Moderna e da Pfizer-BionTech.
Sobre os efeitos adversos
No dia 7, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) manteve a sua recomendação de uso da vacina de Oxford. A entidade reconheceu a existência de “uma possível ligação” entre o imunizante e casos de trombose reportados em vários países do continente, mas considerou que se trata de um efeito colateral “muito raro” e que o balanço entre riscos e benefícios permanece positivo.
Mesmo assim, diversas nações decidiram interromper a aplicação do imunizante em adultos, que pertencem à faixa etária onde os casos raros de coágulos sanguíneos são mais recorrentes.
Outra vacina que tem apresentado reações é o imunizante da Johnson & Johnson que já foi rejeitado pelos Estados Unidos, Canadá e pela União Europeia.
“Estamos cientes de que eventos tromboembólicos, incluindo aqueles com trombocitopenia, foram relatados com as vacinas Covid-19. No momento, nenhuma relação causal clara foi estabelecida entre esses eventos raros e a vacina Janssen”, afirmou. Tanto a vacina da AstraZeneca quanto a da Johnson & Johnson funcionam por um método semelhante, conhecido como vetores adenovirais.