Em nota publicada nesta quarta-feira (27), a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) comunicou o afastamento do pastor Efraim Soares de Moura, apontado como integrante de uma quadrilha que desviou R$ 18 milhões com fraudes no Judiciário.
Segundo investigação divulgada pelo Fantástico, o pastor fazia a ponte entre o juiz Levine Raja Artiaga e oito advogados que cuidavam dos falsos processos de reconhecimento de paternidade. As vítimas eram donos de contas bancárias milionárias sem movimentação.
“Há uma corrida do ouro em todo o país para ajuizamento de ações fraudulentas baseada em histórias falsas, documentos falsos”, explica a Promotora de Justiça Gabriella de Queiroz Clementino, do Ministério Público de Goiás.
Diante dessa investigação, a CGADB informa que não admite que seus ministros cometam tais atos. Leia a nota na íntegra:
“A Convenção Geral dos Ministros das Assembleias de Deus do Brasil – CGADB, por seu Presidente Pr. José Wellington Costa Junior, através da presente Nota Oficial, vem, à público, manifestar-se quanto aos fatos noticiados pela imprensa em 24 de Outubro de 2021, apresentando o Pr. Efraim Soares de Moura (Itumbiara – GO), como “peça chave em práticas criminosas no desvio de valores em contas bancárias”.
A gravidade das denúncias, investigadas pelo Ministério Público do Estado de Goiás, enquadradas na Lei das Organizações Criminosas n. 12.850/2013 e Artigos 171 e 133 do Código Penal Brasileiro, também indicam referido ministro como protagonista do esquema criminoso.
A CGADB não coaduna e não admite tais práticas por quaisquer de seus ministros e, já determinou a instauração do devido Processo Ético Disciplinar em desfavor do Pr. Efraim Soares de Moura, para a aplicação das medidas disciplinares cabíveis, previstas no Estatuto, Regimento Interno e Código de Ética e Disciplina, observado o devido processo legal.
Rio de Janeiro, 26 de Outubro de 2021
Pr. José Wellington Costa Junior
Presidente”