O clima está quente no segmento evangélico em Brasília. A eleição, que ocorreu de portas fechadas em um dos plenários da Câmara dos Deputados, foi anulada pelo Deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), após discussões, ameaças de judicialização e inconsistência na soma dos votos.
Essa foi a primeira vez que a bancada realizou um pleito, desde a fundação em 2003, já que em outros momentos sempre houve consenso em torno de um único nome. Estavam concorrendo na disputa os deputados federais Silas Câmara (Republicanos-AM), Otoni de Paula (MDB-RJ), Eli Borges (PL-TO) e o senador Carlos Viana (PL-MG). Porém, Otoni e Viana abriram mão da disputa na véspera da eleição.
O grupo tentou um acordo logo no início da reunião entre os dois pastores Silas Câmara, que é ex-presidente da Frente e o deputado Eli Borges de Tocantins, oferecendo um revezamento na presidência, como ocorreu entre Cezinha de Madureira e Sóstenes Cavalcante.
Os primeiros anos da nova legislatura seriam sob o comando de Câmara e em seguida, Borges assumiria o cargo, mas ele não atacou a sugestão dos líderes da bancada.
Ao abrir para votação, por meio de cédulas impressas, Sóstenes informou que na contagem houve divergência entre a quantidade de votos e o número de parlamentares presentes. “Nós tivemos alguns que, por acharem que o nome estava na lista, colocaram seus votos. Por conta disso, minha decisão foi pela nulidade da eleição nesse momento e convocar nova reunião para a segunda quinzena de fevereiro”, disse.