O uso de bloqueadores de puberdade pode causar inchaço cerebral, perda de visão e sérios riscos para as crianças, é isso que diz a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos.
Meninas de 5 a 12 anos – que querem se parecer com meninos – foram submetidas a um tratamento com o hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) e desenvolveram um pseudotumor cerebral, um problema que aumenta a pressão do sistema de líquidos de dentro do crânio semelhante ao que acontece com casos de tumor no cérebro.
“Cinco meninas estavam em tratamento para puberdade precoce e uma em tratamento para transgêneros”, diz relatório elaborado por funcionários do FDA e publicado pela Academia Americana de Pediatria (AAP).
Ainda de acordo com o relatório, os sintomas apareceram de três a 240 dias após o início do tratamento com GnRH. As meninas apresentaram distúrbios visuais, dores de cabeça, vômito, neuropatia abducente, aumento da pressão arterial e edema cerebral.
Diante destes testes, a FDA determinou a colocação de uma advertência nos produtos à base de GnRH aprovados para pacientes pediátricos.
Governo Biden apoia mudança de gênero em crianças
Ainda no período eleitoral o democrata Joe Biden defendeu o tratamento hormonal para crianças que querem mudar de gênero.
“A ideia de uma criança de 8 ou 10 anos de idade decidir: ‘Quero ser transgênero, é isso o que eu acho que gostaria de ser, faria minha vida ser muito mais fácil’. Deveria haver zero discriminação quanto a isso”, disse ele.
Após ganhar as eleições, Biden, através da secretária-assistente de Saúde dos Estados Unidos, Rachel Levine, começou a trabalhar para que as crianças tivesse mais acesso a bloqueadores de puberdade e cirurgia de mudança de sexo.