A Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) enviou nota ao jornal O Estado de S. Paulo, no início da tarde desta quinta-feira, 28, informando que “condena a violência praticada sob qualquer pretexto ou motivação”. A nota refere-se ao episódio ocorrido em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, quando na quarta-feira, 27, um estudante de 13 anos, fiel da igreja, invadiu a Catedral de Santo Antônio e quebrou duas imagens de santos e avariou um crucifixo. Segundo parentes, o adolescente costuma ler a Bíblia e assistir novelas e filmes religiosos o dia inteiro.
“Não se encontrará, jamais, na palavra de um membro da Igreja, seja em Duque de Caxias, em qualquer outra cidade do mundo ou em nossos programas de rádio ou televisão, o incentivo a ações como esta. Orientamos nossos adeptos a respeitarem as convicções das outras pessoas. Além disso, nem a Universal, nem qualquer instituição pode ser responsabilizada por ato condenável cometido por indivíduo, em nome próprio”, declarou, em nota, o Departamento de Comunicação Social e de Relações Institucionais da Universal.
O menino derrubou propositalmente as imagens dizendo que a Bíblia repudiava a adoração a imagens
O menino, que estava acompanhado da mãe, derrubou propositalmente as imagens de Nossa Senhora Imaculada Conceição e do Sagrado Coração de Jesus no chão, depois interpelar fiéis dizendo que a Bíblia repudiava a adoração a imagens. De acordo com o padre Renato Gentile, vigário geral da igreja, profissionais em recuperação de estátuas disseram que os danos são irreparáveis. As imagens tinham cerca de 60 anos, mediam 1,5 m de altura e eram feitas de gesso e madeira.
O caso foi registrado na 62ª Delegacia de Polícia, em Duque de Caxias. No depoimento, feito na companhia da mãe, o jovem voltou a falar que a Bíblia proíbe a adoração de imagens de santos, mas demonstrou estar arrependido e disse que nunca mais fará algo similar. Ele responderá por crime análogo a dano ao patrimônio – artigo 163 do Código Penal, que, no caso dos infratores maiores dos 18 anos, prevê pena de um a seis meses de detenção ou multa.
Via a Tarde UOL