O Governo do Tocantins realiza a 2ª campanha de monitoramento trimestral da qualidade da água nas bacias hidrográficas prioritárias do Estado. O monitoramento desempenhado pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), no âmbito do Programa de Estímulo à Divulgação de Dados de Qualidade de Água (Qualiágua) da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), percorre 80 pontos que cobrem todas as bacias hidrográficas tocantinenses, para elaboração do 2º Boletim de Qualidade da Água do Tocantins 2023. Nesta sexta-feira, 21, a equipe de monitoramento informou que na rota mais recente foram percorridos os rios Tocantins, Sono, Vermelho, Manuel Alves Grande e Pequeno.
O Tocantins é o primeiro estado brasileiro a calcular e publicar o Índice de Qualidade da Água (IQA) no Boletim. A iniciativa elogiada pela Agência Nacional se tornou modelo para a próxima edição do programa e resume a análise das amostras coletadas nas bacias do Estado, que avalia 17 parâmetros físico-químicos, nutrientes, microbiológicos, além de resíduos de defensivos agrícolas, que totaliza uma lista com resultados de 22 parâmetros, a cada rodada de coleta.
O secretário da Semarh, Marcello Lelis, considera o IQA um facilitador do acompanhamento da qualidade da água nas bacias hidrográficas do Estado, uma vez que a visualização do desempenho de 22 parâmetros tornava complexa a comparação dos resultados registrados no trimestre atual com os anteriores, “a decisão de calcular e publicar o índice passou a permitir que até mesmo uma pessoa leiga compreenda a leitura do boletim e veja se está melhorando ou piorando a qualidade desse precioso recurso no trecho monitorado”.
O diretor de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos, Aldo Azevedo, reiterou que, no Tocantins “a nossa equipe calcula o IQA de cada bacia hidrográfica. Esses índices trimestrais ilustram a curva da evolução da qualidade de água em cada bacia, ao longo do ano. Se a curva do IQA estiver mais alta, significa que a qualidade está melhorando e se estiver mais baixa, denota que está piorando. O resultado serve para dar uma segurança ao órgão ambiental fiscalizador na tomada de decisões e aos gestores formuladores das políticas no estabelecimento de condutas que visam a melhora do índice ou manutenção da alta qualidade da água para os diversos usos, inclusive ao sucesso de empreendimentos”.
Segundo o diretor, ao sinal de alteração é necessário verificar o motivo da ocorrência, se existe relação com o uso e ocupação do solo da bacia, uso desordenado do recurso hídrico, ausência de medidas de conservação ou outro fator. “Conforme parecer da fiscalização, a atuação conjunta pode ser a alternativa para evitar o avanço da alteração. As bacias prioritárias são as mais demandadas pelos usos múltiplos de suas águas, portanto detém maior quantidade de solicitação de outorgas no órgão ambiental emissor.
Nesta campanha, o geógrafo da equipe de monitoramento Qualiágua da Semarh, Odair Mateus, disse que a última coleta foi realizada nos rios Tocantins, Sono, Vermelho, Manuel Alves Grande e Pequeno. Conforme a rota, vários pontos de monitoramento são visitados por semana. A meta mínima é de 85% dos índices coletados para participação do Estado nos recursos de compensação pelos serviços prestados. Para acesso ao 1º Boletim de Qualidade da Água do Tocantins 2023, no site da Semarh, basta clicar no link http://www.to.gov.br/semarh/boletim-de-qualidade-de-agua/2hgofr4w0m6k .