A nomeação do negacionista Marcio Pochmann (foto) à presidência do IBGE foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (8).
Na época, funcionários públicos reclamaram que houve uma tentativa de aparelhamento do Ipea e que a administração Pochmann foi marcada por perseguição a pesquisadores que não rezaram a cartilha do PT.
Como apurou O Antagonista, os integrantes do IBGE temem que o instituto tenha o mesmo destino do outro instituto.Mais recentemente, Pochmann foi presidente da Fundação Perseu Abramo, braço acadêmico do PT.
Além do aparelhamento do Ipea, ele já deu prova de seu negacionismo por declarações constrangedoras à Unicamp por ter que mantê-lo em seu corpo docente.
Pochmann chegou a confundir a tecnologia do GPS com a da internet, propôs alíquota de Imposto de Renda de 60% e jornada de trabalho de quatro horas diárias e três dias na semana. Ele ainda afirmou que o Pix era mais um passo do Banco Central na “via neocolonial”.
A escolha de Pochmann está na cota pessoal de Lula e nem passou pelo crivo da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), responsável pelo IBGE.
Tebet nem conhecia Pochmann pessoalmente até 31 de julho, dias depois do governo federal anunciar a nomeação dele.
O anúncio, por sinal, ocorreu antes mesmo da reunião da ministra com Lula para tratar do assunto. No Ministério do Planejamento, o nome foi recebido com surpresa e causou desconforto.
Tebet culpou o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, pelo anúncio atabalhoado de Pochmann.