Da Redação JM Notícia
Um seminário realizado na Câmara na última terça-feira (16) debateu sobre a prevenção de suicídio entre crianças e adolescentes, grupos alvo do jogo “Baleia Azul” que fez vítimas em diversos países do mundo, inclusive no Brasil.
Quatro comissões se uniram para realizar este seminário: Seguridade Social e Família; de Legislação Participativa; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.
Entre os debatedores do seminário estavam as psicólogas Elisabete Comparini e a Marisa Lobo que falaram que adolescentes precisam de atenção dos pais e também da escola para não se tornarem alvo desses grupos que incentivam o suicídio.
“É um período de passagem, de crise, de transformação. O adolescente está na busca da pertença, para sentir que faz parte. Ele precisa ser ouvido, acolhido, direcionado”, afirmou a terapeuta familiar Elisabete Comparini.
Marisa Lobo lembra também que muitos jovens sofreram bullying e acabaram se tornando alvo fácil para o jogo. Ela também fala sobre os problemas familiares e a ausência de controle dos pais.
“Vivemos a geração do menor digital abandonado. Crianças e adolescentes estão crescendo sob os cuidados da internet, sem a presença dos pais em suas vidas. Temos, nessa cultura vigente, a família como algo dispensável”, observou.
Já a psiquiatra Fernanda Benquerer, que representou a Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio (Abeps), falou sobre a importância da escola no processo de prevenção.
As escolas podem identificar estudantes em risco e encaminhá-los a tratamento. Para isso, todo um trabalho deve ser feito também com os profissionais da educação.
Cuidados com as redes sociais
Também estavam presentes na audiência os representantes do Google e do Facebook, Marcelo Lacerda e Bruno Magrani, respectivamente, garantiram que as empresas vêm fazendo o possível para a segurança na internet e contam com ferramentas para evitar a divulgação de conteúdos perigosos no Facebook ou no YouTube.
As ferramentas incluem a denúncia e o redirecionamento de usuários para organizações de ajuda, como o Centro de Valorização da Vida (CVV), além de campanhas de conscientização.