Da redação JM
“Com todo respeito ao Supremo Tribunal Federal, uma pergunta: existe algum, entre os 11 ministros do Supremo, evangélico, cristão assumido?”, perguntou nesta sexta-feira, 31, o presidente Jair Bolsonaro, ao questionar se não está na hora de ter um ministro evangélico no stf.
Em resposta à pergunta de Bolsonaro: nenhum dos 11 ministros que atualmente compõem o STF é evangélico. A maioria dos integrantes do tribunal professa a religião católica, inclusive o atual presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, e sua antecessora no comando da Corte, ministra Cármen Lúcia.
Segundo o Estadão/Broadcast apurou, além de Cármen e Toffoli, são católicos os ministros Edson Fachin (relator de uma das ações sobre a criminalização da homofobia), Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes. Os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux são judeus.
Até a publicação deste texto, a reportagem ainda aguardava informações sobre a religião dos ministros Celso de Mello e Rosa Weber, mas nenhum dos dois é evangélico.
“A Constituição é uma só, dos brasileiros em geral, independentemente da religião”, diz Marco Aurélio Mello. “Claro que o colegiado é um somatório de forças distintas, mas não é por professar essa ou aquela religião que se adotará uma postura dessa ou de outra forma.”
No plenário do STF há um crucifixo, o que, na visão de Marco Aurélio Mello, “até certo ponto conflita com o Estado laico”. O ministro se define como católico apostólico romano, “muito embora não frequente costumeiramente a igreja”. “A fé que temos de manter sempre, ela é que nos dá esperança de dias melhores”, afirma. “É preciso que, no que fazemos, estejamos sempre abençoados até para sair à rua.”
Enquanto isso o segmento evangélico aguarda a concretização do aceno feito pelo presidente Bolsonaro.
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(Com Estadão)