O vereador Rubens Uchôa mostrou sua insatisfação algumas situações vindas da parte do Poder Executivo, principalmente os vetos de projetos importantes que foram aprovados pela Câmara de Palmas.
“É impossível eu, que foi escolhido por Deus para representar o povo aqui na Câmara, votar contra algo que venha a prejudicar a população palmense”, declarou ele dizendo que não vai beneficiar o sistema.
“Entre votar em algo que prejudicar a população e eu ter algum espaço na gestão, eu prefiro ficar com o povo, porque foi o povo que me colocou aqui”, completou.
Pessoas próximas ao vereador foram exoneradas da Prefeitura e por isso ele resolveu falar sobre a perseguição que tem sofrido por parte da prefeita Cinthia Ribeiro. Uma dessas pessoas foi Marciongley Neres da Silva, que era presidente da Agência Municipal de Turismo (AGTUR). Sua exoneração foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (13).
“Por causa de um posicionamento que eu tive aqui de não votar contra o povo eu passei a ser perseguido. Se for preciso me sacrificar pelo povo, eu vou me sacrificar”, declarou.
Uchôa citou ainda uma situação em que um secretário o chamou de “menino” e por isso ele respondeu: “Se for pra ser menino defendendo o povo, serei menino! Assim como o menino Davi que não se acovardou e lutou contra o gigante!”
Uma das razões da perseguição está o voto de derrubar o veto da Prefeitura ao projeto de lei que institui a política municipal de prevenção e combate ao suicídio. “Como eu posso votar contra um projeto que eu mesmo apresentei?”, questionou.
Ao longo do ano, uma parte considerada de projetos aprovados na Câmara foram vetadas por Cinthia Ribeiro. Vários desses vetos foram derrubados pelos vereadores e, ao que tudo indica, a gestão não gostou da decisão final.
“Eu voto sim e saio de cabeça erguida. Eu quero que a população saiba que me tiraram da gestão por causa do compromisso que eu tenho com a população e eu não me calarei”.