O Pastor Ciro Sanches, conhecido por suas provocadoras reflexões teológicas nas redes sociais, recentemente compartilhou sua opinião sobre a música “Evangelhos de Fariseus”, interpretada pela cantora Aymée Rocha. Em sua publicação, o pastor expressou algumas preocupações em relação à canção, sugerindo que ela “flerta com o globalismo” e questionando sua adequação para ser cantada nas igrejas.
Embora reconheça que a música possui algumas verdades, o Pastor Sanches ressaltou que também enxerga problemas em sua mensagem. Ele destacou que o “Evangelho farisaico” existe, mas alertou para a necessidade de não generalizar todas as práticas religiosas no mesmo contexto. O pastor enfatizou a importância da Palavra de Deus e da prática dos ensinamentos bíblicos, como a oração pelos outros, independente de serem amigos ou inimigos.
Além disso, o Pastor Ciro abordou a questão financeira dentro das igrejas, rejeitando a ideia de que o dízimo deveria ser utilizado como meio de obter graça divina. Ele ressaltou que contribuir para a manutenção das comunidades cristãs é importante, mas que isso não deve ser feito de forma a distorcer o propósito original do dízimo.
Uma das críticas mais contundentes do Pastor Sanches foi em relação ao que ele percebe como uma conexão da música com uma suposta “agenda globalista”, que ele associa a celebridades e subcelebridades que rejeitam os princípios do Evangelho. Ele sugeriu que a música poderia ser interpretada como uma crítica ao sistema, mas questionou sua adequação como um louvor a Deus nas igrejas.
Confira o texto:
A canção “Evangelhos de fariseus” cujo estilo musical não me agrada, com todo o respeito – tem verdades, admito. Mas também tem problemas. O Evangelho farisaico existe, mas não devemos colocar tudo no mesmo bojo. Há também uma igreja vigorosa no Brasil (falo com conhecimento de causa), que ama a Palavra de Deus, bem como pratica a evangelização, o discipulado e ações sociais. Embora eu entenda a licença poética, não posso deixar de observar que era impossível estocar o maná, nos dias de Moisés, pois o que sobrava não prestava no dia seguinte (Êxodo 16). Por outro lado, se o maná representa a Palavra, o pão do Céu, estocá-la no coração seria ótimo (Salmos 119.11). Orar por nós e pelos nossos é bíblico, ainda que devamos orar até por nossos inimigos (1 Timóteo 2.1-3). O reino virou negócio? Em muitos lugares, sim, porém nem todos foram cooptados pela teologia da prosperidade. O dízimo importa mais que os corações? Não, evidentemente. Mas contribuir para manutenção das comunidades cristãs é fundamental para sua subsistência. O que não devemos é fazer do dízimo um meio da graça. Penso também que a música flerta levemente com a agenda globalista, celebrada por celebridades e subcelebridades que rejeitam a luz do Evangelho. Diante do exposto, vejo-a como uma crítica ao que se chama de sistema, mas não como um louvor a Deus para ser cantado nas igrejas.”