Qual é a causa da morte da bispa Keila ferreira
A líder religiosa Keila Ferreira, uma das vozes mais influentes da Assembleia de Deus do Brás (SP), faleceu no último domingo (2/2), aos 52 anos, vítima de uma embolia pulmonar. A confirmação veio após autópsia realizada pelo Hospital Sírio Libanês, encerrando dias de especulação sobre sua saúde.
Quem era Keila Ferreira?
Nascida em Campinas (SP) em 1972, Keila era casada há mais de três décadas com o bispo Samuel Ferreira, líder nacional da Assembleia de Deus, e dividia com ele a condução da igreja. Mãe do pastor Manoel Ferreira Neto e da evangelista Marinna Ferreira, avó de dois netos, ela se notabilizou por sua atuação além dos púlpitos: presidia a Confederação de Irmãs Beneficentes Evangélicas (CIBEM), organizava o Congresso Feminino de Oração e liderava projetos sociais voltados a famílias carentes. Formada em Direito e Teologia, era autora do livro Melhor do Que Ganhar Joias e tinha pregações marcadas por mensagens de esperança, especialmente para mulheres.
Circunstâncias da morte
Keila sofreu um mal súbito em casa, durante os preparativos para o Culto das Mulheres, evento que liderava há 17 anos. Encontrada pela filha Marinna pela manhã, foi levada ao hospital, mas não resistiu ao quadro agudo. O bispo Oides José do Carmo, amigo da família, revelou que a embolia foi causada por um trombo pulmonar e destacou que ela já enfrentava problemas de saúde não divulgados: “Era uma pessoa de constituição mais frágil”.
Repercussão e legado
A notícia abalou fiéis e autoridades. O presidente Lula destacou sua “fé inabalável e amor ao próximo”, enquanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, lembrou seu “exemplo de serviço”. Nas redes sociais, vídeos mostram filas de admiradores no velório, realizado na sede da igreja, onde Marinna foi ungida pastora durante o culto fúnebre, assumindo parte do legado materno.
Samuel Ferreira, que viajava a trabalho nos EUA, retornou às pressas para o sepultamento. Em meio à dor, familiares e líderes religiosos reforçaram o impacto de Keila: “Ela transformou o Culto das Mulheres em um movimento nacional”, lembrou uma integrante da igreja.
Uma perda além das paredes da igreja
Além do trabalho religioso, Keila deixou marcas em projetos educacionais e no acolhimento a comunidades vulneráveis. Seu último discurso, em dezembro de 2024, no Congresso da Oração, sintetizava sua jornada: “Minha força vem do Senhor, mas até Elias precisou descansar”. A embolia pulmonar, associada a fatores como imobilidade ou complicações prévias, surpreendeu pela rapidez, mas seu legado – como definiu uma seguidora – “é imensurável, como o amor que pregava”.
Detalhes finais
O corpo foi enterrado no Cemitério da Saudade, em Campinas, cidade onde nasceu. A família pediu privacidade, mas agradeceu as milhares de mensagens de apoio recebidas.