Pastor critica transformação na Assembleia de Deus: “Fé virou busca por bens materiais”
Durante o congresso da UMADECRE, o Pastor Oziel levantou a voz para alertar sobre mudanças que, segundo ele, estão distorcendo os valores da Assembleia de Deus. Ele criticou a influência da Doutrina da Prosperidade e do Neopentecostalismo, afirmando que muitos fiéis têm priorizado bens materiais em vez da espiritualidade. O evento ocorreu em um momento em que líderes religiosos debatem o futuro da igreja e suas raízes pentecostais.
Fé em xeque: a crítica ao materialismo
O Pastor Oziel não poupou palavras ao abordar o que considera uma distorção da essência da Assembleia de Deus. “Antes, os crentes oravam pedindo unção. Hoje, só querem bens materiais!”, disse ele, em tom de preocupação. Segundo o pastor, a busca por prosperidade financeira e sucesso pessoal tem substituído o foco na fé e na comunhão com Deus, valores que sempre nortearam a igreja.
Raízes pentecostais em risco
O pastor também destacou que muitas práticas do Neopentecostalismo, antes rejeitadas pela Assembleia de Deus, estão sendo incorporadas por alguns ministérios. Ele alertou que isso pode levar ao abandono das raízes pentecostais, como a ênfase na oração, no batismo no Espírito Santo e na santificação. “Estamos vendo uma mudança preocupante. Muitos estão seguindo caminhos que não condizem com nossa história”, afirmou.
Reações divididas entre os fiéis
As declarações do Pastor Oziel geraram debates entre os membros da Assembleia de Deus. Enquanto alguns concordam que a igreja está se afastando de seus princípios, outros defendem que é possível conciliar a fé com a busca por uma vida mais próspera. “Acredito que Deus quer o nosso bem em todas as áreas, inclusive na financeira”, argumentou uma fiel que preferiu não se identificar.
O futuro da Assembleia de Deus
O discurso do Pastor Oziel reacendeu uma discussão necessária sobre o rumo que a Assembleia de Deus deve seguir. Para ele, é essencial que a igreja retome suas raízes e reafirme os valores que a fizeram crescer ao longo dos anos. “Precisamos voltar ao que realmente importa: a fé, a oração e a unção de Deus”, concluiu.