Da Redação JM Notícia
O galpão onde 200 toneladas de lixo hospitalar foram encontrados no endereço onde funcionariam duas empresas que estão no nome do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB). O escândalo sobre o descarte ilegal desse material levou a Justiça a decretar a prisão do ex-juiz João Olintho, pai do deputado, que é considerado fugitivo.
Em entrevista à TV Anhanguera, o deputado estadual negou envolvimento da família no esquema. “Eu tenho certeza que tudo vai ser esclarecido. Acho até uma arbitrariedade, que antes de ouvi-los [o pai e as sócias] foi pedida a prisão, mas é o preço que a gente paga por eu estar envolvido com a vida pública”, disse.
João Olintho é um dos sócios da empresa contrata pelo Governo do Tocantins para fazer a coleta do lixo de 13 hospitais do estado. Os resíduos, altamente contagiosos, deveriam ser descartados em aterro próprio para reduzir riscos de contaminação. Por conta disso, os sócios da empresa estão sendo acusados de formar uma organização criminosa e de cometerem crime ambiental.
Além do pai do deputado Olyntho Neto, a polícia também procura pelas duas sócias da Sancil Sanantonio Construtora e Incorporadora LTDA, Ludmila Andrade de Paula e Waldireny de Souza Martins que também são consideradas foragidas.
A empresa foi contratada em agosto deste ano em caráter de urgência, sem licitação, custando cerca de R$ 557 mil por mês. O Governo já cancelou o contrato firmado e reconheceu que a contratada não tinha capacidade técnica para o trabalho.
O secretário de Saúde, Renato Jayme, declarou que de fato o Estado deveria ter feito o acompanhamento do trabalho da empresa. “Cabe à administração pública e o direito público, ele parte do princípio da boa fé […] a empresa responsável deveria apresentar toda a documentação, inclusive o relatório do GPS de onde ele monitora o lixo, o certificado para ver se tem o tratamento adequado. Então é uma obrigação nossa, do estado, fazer esse acompanhamento.”