O jornal New York Times publicitou um movimento que tem crescido na Coreia do Sul: “Homens Solidários”, cujo objetivo é se opor ao movimento feminista.
Para o líder do grupo, Bae In-kyu, de 31 anos, as “feministas são um mal social” e lutam para inverter o que eles chamam de “desequilíbrio de gênero” causado pelo movimento naquele país.
“Nós não odiamos mulheres, e não nos opomos a elevar seus direitos. Mas as feministas são um mal social”, disse ele que só no canal do Youtube já conseguiu atrair mais de 450 mil pessoas.
Os Homens Solidários também estão ganhando apoio nas manifestações de rua, atraindo não apenas homens na faixa dos 20 aos 29 anos, como também mulheres.
Segundo a reportagem, os homens estão sendo atraído por este movimento por estarem profundamente infelizes, e se consideram vítimas de discriminação. “Eles estão furiosos por ter que pagar por discriminações de gêneros que aconteceram em gerações anteriores”, diz o pesquisador do instituto Gyeonggi, Jae-ho, na reportagem do Times.
Diferenças de gênero na Coreia do Sul
Há algumas décadas, as mulheres não podiam comer junto com os homens e recém-nascidas recebiam o nome de Mal-ja, ou “Última Filha”. Agora elas são em maior número nas universidades e têm mais oportunidades em cargos governamentais.
Além disso, os casos de denúncia falsa de estupro contra homens tem crescido, tanto que um dos candidatos à Presidência daquele país prometeu criar penas mais duras para quem acusar injustamente homens de crimes sexuais.
Eles acusam o movimento feminista de estar por trás dessas falsas denúncias. Tanto que um vendedor de móveis usados em Seoul, acusado injustamente de estupro por uma ex-namorada, desabafou à repórter do New York Times falando sobre o assunto.
“A influência feminista deixou o sistema tão desequilibrado contra os homens que a polícia usa o testemunho de uma mulher e uma mera gota de suas lágrimas como prova suficiente para colocar um homem inocente na cadeia. Eu acho que este país ficou louco”.