O pastor e compositor Alceu Pires, ícone da música cristã brasileira, faleceu aos 82 anos em São Paulo neste sábado (15). A notícia chega semanas após a morte da bispa Keila Ferreira, líder da Assembleia de Deus no Brás, que morreu em fevereiro, aos 52 anos. Ambos deixaram marcas profundas no segmento evangélico nacional.
Alceu Pires: o poeta da cruz
Alceu Gonçalves Pires, conhecido por álbuns como “As Quatro Palavras da Cruz” (1978), dedicou seis décadas à música e ao pastorado. Sua morte, por causas naturais, encerra uma trajetória que influenciou gerações, com letras que abordavam fé e redenção. Artistas gospel já o definiram como “um dos pilares da música sacra contemporânea”.
Keila Ferreira e seu ministério social
A bispa Keila Ferreira, esposa do bispo Samuel Ferreira, liderava a AD Brás e presidia a Confederação de Irmãs Beneficentes Evangélicas. Sua morte súbita, em 1° de fevereiro, chocou fiéis. Embora a causa não tenha sido divulgada, fontes próximas destacaram seu trabalho com comunidades carentes em São Paulo.
Repercussão e homenagens
Nas redes sociais, nomes como Fernandinho e Aline Barros lamentaram as perdas. Um seguidor de Alceu Pires escreveu: “Ele traduziu a dor e a esperança em versos”. Já a AD Brás organizou um culto em memória de Keila, destacando sua “capacidade de unir espiritualidade e ação social”.
O vazio na música e na liderança
As mortes refletem um ano de desafios para o gospel brasileiro. Enquanto Alceu era uma referência artística, Keila simbolizava a expansão feminina em cargos eclesiásticos. Suas ausências, segundo analistas, abrem espaço para debates sobre sucessão e renovação no meio evangélico.