Um padre da cidade de Laranjal Paulista, interior de São Paulo, está sendo processado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter feito duras críticas ao político durante uma missa.
O padre Edison Geraldo Bovo aparece em vídeos dizendo que o petista é é o “maior ladrão do mundo “e que comprou o Supremo Tribunal Federal”.
Lula entrou com “notificação para explicações”, mas a defesa do padre respondeu com mais críticas: “Quem deve prestar contas à população são [ex] integrantes do funcionalismo público, tal como o requerente (Lula) deveria prestar a respeito de fatos pretéritos que possuem [no mínimo] um cariz imoral”.
Os advogados completam dizendo que o pagador de impostos e o cidadão comum que devem prestar contas das coisas que pensam “em relação às imoralidades ocorridas durante e a respeito do exercício de mandato presidencial do requerente”.
No embate jurídico, advogados de Lula questionam se o padre sabe que o ex-presidente “foi absolvido” em ações criminais, o que não é verdade.
“Sobre o ponto, por maior que seja a boa vontade da qual todas as almas são merecedoras, forçoso é reconhecer que em verdade, muito embora não se possa falar em condenação criminal vigente contra o senhor ex-presidente da República não é possível reconhecê-lo como ‘absolvido’ quando, em verdade, notícias dão conta da perda do direito do Estado de punir por força do advento da prescrição”, citam os advogados de Bovo.
Ao receber as respostas, a promotora de Justiça Ana Cláudia Dutra Cristofani pediu intimação de Lula para “que requeira o que entender de direito”.