Na última segunda-feira (14), a ex-ministra e ex-deputada Päivi Räsänen, da Finlândia, apresentou sua defesa no tribunal onde é acusada de “discurso de ódio” por tuitar versículos da Bíblia.
Em sua fala, a política que é membro da Igreja Luterana defendeu suas liberdades de expressão e religião. “Agora é hora de falar. Porque quanto mais nos calamos, mais estreito fica o espaço para a liberdade de expressão e religião. Acredito que todas as pessoas são iguais e preciosas. Eu só queria compartilhar o que eu acredito e o que eu acho que é melhor para todos os seres humanos”, disse ela dizendo porque tuitou os versículos em defesa da família tradicional.
“Essa crença vem do amor, não do ódio. Se eu for condenado, acho que a pior consequência não seria a multa contra mim, ou mesmo a pena de prisão, seria a censura das minhas declarações e escritos e muitos outros como eles”, continuou.
A equipe de defesa de Räsänen argumentou que um veredicto de culpado significaria que seria impossível pregar o cristianismo na Finlândia. Falando no tribunal, eles sugeriram que não era apropriado que o sistema legal defina o que é pecado e que não havia prova de que houve intenção de ofender através do post de mídia social ou do panfleto distribuído pela política muitos anos antes da acusação.
Mas a promotoria está contra a ré, eles dizem que até agora ela não fez nenhuma ação para limitar os danos que supostamente sua publicação nas redes sociais causaram e nem quis excluir as mensagens. Talvez Räsänen seja condenada a pagar multas altíssimas.
Seu consultor jurídico Lorcan Price disse: “Päivi Räsänen defende o que acredita e continua a defender o direito de todos de compartilhar essas crenças com os outros. Pedimos ao tribunal que defenda a liberdade de expressão e religião de acordo com a constituição finlandesa e seus compromissos internacionais. A censura de pontos de vista específicos não tem lugar em uma sociedade pluralista”.
A decisão é aguardada para o mês de março.
Fonte: Premier Christian News
