Jovens de igreja em Bauru questionam cobrança de ingresso para evento religioso: “Casa de Deus tem preço?”
A Assembleia de Deus – Ministério de Belém, em Bauru (SP), está no centro de uma polêmica após anunciar a venda de ingressos para o evento “Conectados”, programado para 21 de fevereiro. O valor inicial de R$ 25, sujeito a aumento, e a exigência de inscrição prévia geraram críticas de fiéis, que questionam a cobrança em um espaço tradicionalmente gratuito. A discussão ressalta a tensão entre práticas religiosas mordenas,
Evento para jovens vira alvo de debate
O “Conectados”, marcado para as 22h do dia 21, promete reunir música e pregação com a cantora Ana Clara e o pastor Thiago de Assis. A iniciativa, voltada ao público jovem, seguiu o padrão de divulgação de eventos religiosos, mas surpreendeu ao incluir a venda de ingressos. O primeiro lote, com valor promocional, se encerrava nesta segunda-feira (10), e os organizadores alertaram que os preços subiriam progressivamente, inclusive na portaria. A exigência de inscrição adicional também chamou atenção.
Tradição x cobrança
A polêmica surge porque, historicamente, as Assembleias de Deus financiam atividades por meio de promoções internas e doações espontâneas, garantindo acesso livre. A cobrança de ingressos, inédita para eventos dentro do templo, levantou questionamentos entre fiéis.
Igreja ou negócio?
Enquanto alguns defendem que a arrecadação é necessária para custear estrutura e atrações, outros veem a medida como uma ruptura com princípios religiosos basicos. “Estão transformando a igreja em um negócio?”, questionou um usuário nas redes. A discussão ampliou-se com a hashtag #IgrejaOuNegócio, que acumula centenas de interações. Até o momento, os organizadores do evento não se pronunciaram publicamente, deixando fiéis e críticos aguardando explicações sobre os critérios adotados.
O silêncio e a controvérsia
Para muitos, a cobrança fere a ideia de inclusão, principalmente para jovens de baixa renda. “Vendendo benção?”, ironizou um comentário, enquanto outros ponderam se o valor seria justificado por despesas técnicas.