De acordo com o jornalista Esteban Urreiztieta, do El Mundo, o contrato entre o jogador brasileiro Neymar e o Paris Saint Germain contém uma cláusula que o impede de falar sobre política e religião, valendo um bônus de 6,5 milhões de euros (quase R$ 40 milhões) por ano.
O jornalista espanhol se refere à cláusula chamada de “bônus ético” que pede ao jogador de ficar longe de polêmicas, ser pontual, simpático e disponível para a torcida.
O PSG exige também que o atleta tenha “comportamento exemplar, especialmente em campo” e também nas redes sociais, onde não pode ter comportamentos que possam manchar a imagem da entidade.
Em um podcast do jornal El Mundo (ouça aqui), o jornalista diz que descumprimento de qualquer uma dessas cláusulas implicaria na perda do referido bônus.
Urreiztieta lembra que, quando jogava no Barcelona, Neymar comemorou a vitória da Liga dos Campeões usando uma faixa na cabeça escrito “100% Jesus”, causando grande polêmica na França.
O dono do PSG é um sheik do Catar, Nasser Al-Ghanim Khelaïfi, um país com a maioria da população muçulmana.
É por isso que o time tem esta cláusula com seus jogadores, proibindo a “propaganda religiosa que pode prejudicar a imagem e a unidade do clube”.