A influenciadora digital Maíra Cardi afirmou que está enterrando Bíblias em todos os cômodos de sua nova casa, ainda em construção, como forma de “abençoar” o lar. A prática, revelada em um post no Instagram na última segunda-feira (24), foi motivada por um “propósito espiritual profundo”, segundo ela. A decisão gerou debate nas redes sociais entre apoiadores e críticos que questionam o simbolismo do gesto.
Rituais e justificativas
Maíra Cardi detalhou que, após horas em oração, decidiu colocar duas Bíblias em cada ambiente da residência, ainda durante a fase de obras. A influenciadora, conhecida por compartilhar aspectos de sua vida pessoal e espiritual, defendeu que a ação tem o objetivo de atrair “bênçãos” para o espaço e seus futuros moradores. “Em cada cômodo vamos colocar duas Bíblias”, explicou, reforçando a convicção de que o ritual fortaleceria a conexão com sua fé.
Críticas e defesas nas redes
A publicação rapidamente viralizou, dividindo opiniões. Enquanto alguns seguidores elogiaram a iniciativa como uma “demonstração de devoção”, outros criticaram o uso do livro sagrado como objeto ritualístico. Um dos argumentos mais recorrentes foi o de que a Bíblia “deve ser lida e vivida, não transformada em amuleto”. Por outro lado, defensores de Maíra lembraram que práticas simbólicas são comuns em diversas tradições religiosas e respeitáveis como expressão individual de crença.
O símbolo versus a prática religiosa
Especialistas em estudos religiosos ouvidos pelo **g1** em matérias anteriores destacam que gestos como o de enterrar objetos sagrados não são inéditos em certos contextos culturais ou espirituais. No entanto, a polêmica em torno de Maíra reflete um debate mais amplo: até que ponto símbolos materiais podem substituir o engajamento direto com os textos religiosos? Para alguns usuários, a prática desvia do “verdadeiro propósito da Palavra”, enquanto outros enxergam nela uma extensão legítima da fé pessoal.
Repercussão e reflexões
Apesar das críticas, o caso evidenciou como figuras públicas podem influenciar discussões sobre espiritualidade na era digital. Maíra, que não se manifestou sobre as controvérsias, segue compartilhando sua rotina para milhões de seguidores. A ausência de confirmação independente sobre os detalhes do ritual — como a quantidade exata de Bíblias ou método de enterro — também alimentou especulações. Enquanto isso, a pergunta que deixou no ar — se o gesto fortalece a fé ou a banaliza — continua ecoando entre fiéis e céticos.