O hino Graça Maravilhosa – Amazing Grace –, completou 250 anos no dia 1º de janeiro.
Como outros hinos, Graça Maravilhosa foi escrito por John Newton, junto com seu amigo e poeta William Cowper, para ajudar a congregação a entender melhor a mensagem de um dos seus sermões baseado em 1 Crônicas 17:16-17.
A melodia original se perdeu e a que conhecemos hoje é a melodia do hinário americano The Southern Harmony, que data de 1835.
Ao longo dos últimos 250 anos, Graça Maravilhosa “tornou-se um dos hinos mais conhecidos na América e no resto do mundo”, de acordo com a Biblioteca do Congresso Americano, que tem mais de três mil execuções gravadas do hino por diferentes músicos ou conjuntos musicais.
John Newton nasceu em Londres em 1725. Ele seguiu os passos de seu pai e desde a adolescência sua vida foi passada no mar.
Antes de sua conversão, Newton participou durante anos do movimento de tráfico de pessoas, chegando ao posto de capitão no transporte de escravo de Serra Leoa para as Índias Ocidentais. Segundo o pastor Ricardo Barbosa, “Não é difícil imaginar o que ele quis dizer em seu hino: ‘Eu era cego, mas agora vejo’. O que ele fez nos anos em que transportou homens e mulheres da África para a América está além de nossa imaginação”1.
Em 1748, a bordo do The Greyhound, Newton passou por uma forte tempestade na costa da Irlanda. Na ocasião, ele clamou a Deus e prometeu que, se sua vida fosse poupada, ele dedicaria o restante de seus anos ao serviço de Deus.
Em 1754, John Newton sofreu um ataque convulsivo e foi forçado a desistir da vida de serviço no mar. Em 1764 ele foi ordenado na igreja da Inglaterra e nomeado coadjutor na paróquia de Olney, em Buckinghamshire.
Newton foi um grande amigo do ativista William Wilberforce incentivando-o em sua campanha contra a escravidão e a permanecer no Parlamento britânico para cumprir a vontade de Deus.
John Newton foi um pregador até sua morte em 1807, nove meses depois que o Parlamento aboliu o comércio de escravos.
Fonte: Ultimato
