De acordo com o site Gazeta do Povo, o governo Lula (PT) estaria por trás do adiamento da votação para a presidência da Frente Parlamentar Evangélica (FPE). O objetivo do governo é conseguir maior influência com a bancada através de um líder menos conservador como é o atual presidente, o deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM).
Câmara indicou Otoni de Paula (MDB-RJ) para ocupar o lugar, mas não houve acordo com os parlamentares, pois o indicado está cada vez mais próximo do governo federal. Deputados conservadores são contra essa aproximação e assim surgiu outros dois nomes para a disputa: deputado Gilberto Nascimento (PSD-SP) e deputada Greyce Elias (Avante-MG).
Em entrevista ao Gazeta do Povo, Nascimento destacou a união da Bancada Evangélica, uma das mais expressivas dentro do Congresso Nacional. Ele também não vê que o governo tenha controle sobre a frente.
“A Frente Parlamentar Evangélica é uma coisa simbólica. Pode ter eventualmente alguém que tenha simpatia por A ou por B, mas não vejo o governo com controle sobre ela”.
O deputado, que é pastor, também disse que o grupo política defenderá sempre as pautas que os elegeram. Neste caso, relacionadas à visão cristã. “Entre defender as pautas que os trouxeram para cá e se alinhar com governo ou oposição, os deputados ficam com a defesa das pautas”.
E continuou: “O que temos é um papel espiritual e político de união. Não adianta acirrar no político e depois não conseguir mais unir o grupo”.