Governo dos EUA interrompe cooperação ambiental com o Brasil sob gestão Trump
O governo dos Estados Unidos, durante a gestão do ex-presidente Donald Trump, suspendeu uma parceria estratégica com o Ibama para prevenção de incêndios florestais na Amazônia. A decisão, comunicada informalmente em 2020, afetou projetos de monitoramento e tecnologia de combate a queimadas. Especialistas alertam que a medida pode comprometer esforços de preservação em um bioma crítico para o equilíbrio climático global.
Contexto da parceria interrompida
A colaboração entre os dois países, iniciada em 2019, incluía o compartilhamento de dados satelitais e treinamento de equipes brasileiras para identificar focos de incêndio em tempo real. O acordo também previa a transferência de tecnologia para aprimorar sistemas de alerta precoce, essenciais em regiões de difícil acesso. A iniciativa fazia parte de um plano bilateral para reduzir o desmatamento, mas enfrentava críticas de setores do governo Trump, que questionavam sua eficácia.
Impacto na preservação da Amazônia
Com a suspensão, o Ibama perdeu acesso a recursos técnicos avançados, como softwares de análise de imagens em alta resolução. Dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) indicam que, em 2020, a Amazônia registrou o maior número de queimadas em uma década – 103 mil focos, um aumento de 16% em relação a 2019. Ambientalistas associam o crescimento à redução de fiscalização e ao desmonte de políticas ambientais.
Reações e incertezas políticas
Organizações como o Observatório do Clima classificaram a decisão como “um retrocesso para a diplomacia ambiental”. Já o Ministério do Meio Ambiente do Brasil, à época, minimizou o impacto, afirmando que buscava “novas parcerias”. Fontes anônimas do Ibama, porém, relataram à imprensa preocupação com a falta de transparência no processo. Não houve pronunciamento oficial da Casa Branca sobre o motivo da suspensão.
O cenário pós-Trump e os próximos passos
Desde a posse de Joe Biden, em 2021, os EUA retomaram diálogos sobre clima com o Brasil, mas sem restabelecer o acordo específico com o Ibama. Enquanto isso, o governo brasileiro anunciou em 2023 um fundo internacional para a Amazônia, com contribuições de países europeus. Especialistas ressaltam, porém, que a lacuna deixada pelos EUA ainda não foi totalmente preenchida, especialmente em tecnologias de ponta.