A Polícia Federal iniciou nesta quarta-feira (2) a quarta fase da Operação Sangria, que apura supostas fraudes em licitação e desvios de recursos públicos durante a pandemia da covid-19.
Hoje foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária nas cidades de Manaus e Porto Alegre, além de sequestro de bens e valores.
Um dos alvos da operação é o governador do Amazonas, Wilson Lima, que teve buscas em sua casa. A Secretaria de Saúde do mesmo estado e a casa do secretário de Saúde, Marcellus Campêlo também receberam agentes federais. Outro alvo em Manaus foi a casa do dono do Hospital Nilton Lins e o próprio hospital.
A PF alega que há indícios de que funcionários da Secretaria de Saúde realizaram contratação fraudulenta para favorecer um grupo de empresários locais para a construção de um hospital de campanha, sob orientação da cúpula do governo do estado.
“Esse local não atende às necessidades básicas de assistência à população atingida pela pandemia covid-19, bem como coloca em risco de contaminação os pacientes e os funcionários da unidade”, diz a PF segundo reportagem da Agência Brasil.
Os contratos assinados em janeiro de 2021 com o governo do Amazonas para serviços de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem no hospital de campanha têm indícios de irregularidades no processo licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados.