Não é raro receber no WhatsApp o vídeo de uma pessoa com roupa camuflada se dizendo do Exército e dando informações sobre uma possível resposta das Forças Armadas aos milhares e talvez milhões de brasileiros que estão há mais de um mês protestando na porta dos quartéis generais.
Sem nenhuma ligação com as forças de defesa brasileira, homens relatam mensagens que – se fossem verdadeiras – seriam dadas apenas através dos porta-vozes das Forças Armadas.
Além disso, mensagens de decretos assinados pelo presidente Jair Bolsonaro animam o público que deseja uma intervenção federal. Todavia, os decretos que constam no Diário Oficial da União não estão relacionados à Garantia da Lei e da Ordem que muitos desejam.
Vídeos e áudios falsos fazem contas nas redes sociais crescerem, sem nenhum comprometimento com a verdade, com o Brasil e com a saúde mental daqueles que prezam pela democracia.
“Muitos brasileiros que amam a Deus, a liberdade e a democracia estão caindo em armadilha de clickbaits [caçadores de cliques] nas redes sociais. As pessoas estão entrando em depressão e vivendo em ansiedade. Essa porcaria está roubando a paz das pessoas”, alerta o pastor Rafael Bittencourt.
Cuidado com o que você compartilha
A roupa do Exército Brasileiro tem características próprias, a tonalidade, os desenhos e até mesmo as inscrições no uniforme são diferentes das “fantasias” que muitos utilizam para gravar seus vídeos. Fique atento!
Não compartilhe áudios de pessoas que não se identificam, pois não é possível checar se o que ela fala é verdadeiro.
O Diário Oficial da União é público e gratuito, qualquer pessoa pode ter acesso a ele. Se tiver dúvidas, consulte o site do governo brasileiro.
Prisões de autoridades como presidentes, governadores, deputados, senadores e ministros da Suprema Corte não são autorizadas do dia para noite sem que haja um processo. Desconfie de mensagens nesse sentido.