O pastor Dinho Souza, da Igreja Povo da Cruz, em Serra (ES), recebeu a doação de uma espingarda calibre 12 para rifar e assim levantar o valor de R$ 25 mil para reformar o departamento infantil no novo templo da denominação.
Acontece que um decreto presidencial proíbe que este tipo de produto seja sorteado. O decreto nº 70.951, em seu artigo 10º, diz que “não poderão ser objeto de promoção, mediante distribuição de prêmios medicamentos, combustíveis e lubrificantes, armas e munição assim como explosivos, fogos de artifício ou de estampido, bebidas alcoólicas, fumo e seus derivados”.
Com a repercussão do caso nas redes sociais, o Exército Brasileiro resolveu notificar a denominação para pedir esclarecimentos sobre a rifa.
Antes de saber que não é liberado, o pastor respondeu às críticas nas redes sociais dizendo que estava orgulhoso por rifar uma arma que seria usada por uma “pessoa de bem” para proteger sua família.
“Não temos problema com isso porque o armamento é para o cidadão de bem. Seja ele ímpio ou cristão. Nós incentivamos a todo homem de bem que tenha uma arma para defesa da sua família. Aquele que nega e negligencia a defesa da sua família não pode ser chamado de homem”, disse o pastor. O sorteado terá que provar que está apto para portar uma arma.
Após a notificação, o pastor explicou que é uma “ação entre amigos”, não uma rifa. E pontuou que o ganhador deve estar apto para ter essa arma.
O pastor Dinho disse ainda que o Exército pediu informações sobre a arma, sua procedência, número e etc. Ele afirmou também que em menos de dez dias eles responderão e que o sorteio continua, pois ele não fere nenhuma lei ou decreto.
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