O deputado federal pastor Sargento Isidório pegou os evangélicos no estado da Bahia de surpresa ao encaminhar no último dia 15 de junho o seu pedido de desligamento da Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus no Estado da Bahia (CEADEB), o qual é filiado a diversos anos.
Na carta que o JM Notícia teve acesso com exclusividade, Isidório que foi eleito deputado federal sem o apoio da CEADEB na última eleição, afirmou que era com muita tristeza no coração e na alma, que se dirigia aos convencionais e as suas famílias para pedir o desligamento da Convenção, visando segundo ele, evitar constrangimentos.
Na carta, ele relembra o fato de ser convertido ao evangelho há 30 anos, que deixou o mundo das drogas e do adultério para servir a Cristo como Salvador e como vem trabalhando pelo resgate de vidas por meio do trabalho social na Bahia: “Tudo o que faço é para recuperar drogados”.
APÓS ORAR E JEJUAR
Segundo o pastor, após orar e jejuar ele não viu mais possibilidade de continuar na Convenção CEADEB.
PEDIDO DE PERDÃO
Na carta, ele também faz um pedido de perdão.
“Ao pedir o desligamento desta CEADEB, perco um pedaço de mim, primeiro porque deixarei de desfrutar do convívio carinhoso, da amizade, do respeito reciproco, que mantive e manterei com os meus pares que graças a Deus nunca tive nenhuma desavença, conflitos e confrontos. E se porventura, ofendi alguém peço perdão”, disse o pastor Sargento Isidório.
Ele também cita o apóstolo Paulo: “Me fiz de tolo para ganhar os tolos, e, fiz de tudo para ganhar alguns para Cristo”
PASTOR VALDEMIRO PEREIRA
Ao finalizar a justificativa porque está deixando a Convenção CEADEB, ele afirma que pode até estar enganado, mas tem a impressão que por questões políticas, não irá conseguir agradar ao presidente da Convenção CEADEB, pastor Valdemiro Pereira.
“Restando-me apenas orientar-me pela Bíblia, que nos diz: Não andarão dois juntos, se não for de comum acordo”,
EMBATES
Em meados de 2018, o pastor sargento Isidório, que concorria independente ao cargo de 2º vice-presidente da Mesa Diretora da CEADEB, oficiou a atual diretoria para averiguar quais os valores que eram gastos mensalmente com a presidência e a mesa diretora da CEADEB.
Na época, o JM Notícia teve acesso ao ofício do dia 26 de novembro que revelava, segundo o pastor Isidório, ‘ruídos’ de que a atual presidência receberia naquela momento de prebenda da Convenção cerca de 30 (trinta) salários-mínimos.
Ao JM Notícia, o pastor Isidório afirmou na ocasião, que a igreja não é uma maçonaria e defendeu a transparência dos valores que a convenção gasta mensalmente