Um grupo de estudantes do curso de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA) se uniu para fazer com que outros alunos possam brilhar nos estudos e conseguir uma vaga no ensino superior. Do encontro, que segue à risca o ditado “a união faz a força”, nasceu o Projeto Berá (@projetobera), que oferece monitoria gratuita a pré-vestibulandos, que querem melhor se preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Toda a iniciativa é organizada pelos próprios estudantes e partiu da sensibilidade deles com o fechamento de escolas em virtude da pandemia da Covid-19, fazendo com que muitos alunos tivessem que estudar por conta própria. Cada inscrito é auxiliado de perto por um monitor(a) que se dispõe a ser um padrinho ou uma madrinha tirando dúvidas, dando dicas e outras orientações. O foco do projeto tem sido atender pessoas oriundas de escolas públicas, que não tenham outro tipo de acompanhamento nesse período da pandemia.
“O projeto, para além dessa parte de compartilhamento de conhecimento teórico, é também uma forma de tranquilizar o aluno que está nesse período tão nervoso até porque ele vai estar em contato com quem há pouco tempo passava pela mesma situação de se preparar para o vestibular. Nesse sentido, o Berá é como um espaço de escuta também. Então, a gente acaba criando relações muito legais e de aprendizado mútuo”, explica Carol Paraíso, uma das idealizadoras do Projeto Berá.
As aulas têm duração de uma hora por monitoria, são semanais e pela internet. Por ser virtual, a iniciativa conseguiu atender estudantes de diferentes estados. No último ciclo formativo – que iniciou em julho e vai até novembro –, 44 monitores se organizam para atender 53 alunos. Além dos encontros individuais com seu monitor, os pré-vestibulandos têm acesso a um grupo geral do WhatsApp onde podem tirar dúvidas a qualquer momento e um e-mail para enviar redações para correções.
Um dos frutos do projeto, a graduanda em Farmácia Ana Luiza Teixeira credita ao projeto a importância para a sua aprovação com boas notas no Enem. Ela recebeu ajuda nas disciplinas de matemática e física, e ressalta o apoio emocional que recebeu. “Foram muito receptivos com a gente. Faziam reuniões para falar o que a gente deveria fazer no dia do Enem, o que a gente deveria levar para comer. Enfim, essas coisas que a gente acha que não faz diferença, né? Mas, no decorrer da nossa aprovação, percebemos que uma das coisas mais importantes é o controle emocional”, avalia.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil