A urna eletrônica será equipada com um novo recurso de acessibilidade para auxiliar pessoas com deficiência visual na hora de votar. A partir das Eleições Municipais de 2024, a voz sintetizada Letícia guiará eleitoras e eleitores cegos ou com baixa visão por uma nova experiência eleitoral.
Além de oferecer instruções básicas para dar início ao processo, a ferramenta de sintetização informará o cargo que está em votação no momento, os números digitados e o nome da candidatura escolhida.
Ao entrar na seção eleitoral e se identificar, a pessoa deve comunicar a deficiência visual à equipe de mesárias e mesários, que habilitará a urna e entregará fones de ouvido para uso durante a permanência na cabine eleitoral.
Juntas, as medidas garantem a preservação do anonimato da votação e a autonomia das eleitoras e dos eleitores com deficiência. Todos os modelos de urna utilizados nos dias 6 (primeiro turno) e 27 de outubro (data do segundo turno) estarão equipados com a inovação.
Recursos de acessibilidade estão em constante evolução
Atendendo a uma sugestão da Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB), a Seção de Voto Informatizado do Tribunal Superior Eleitoral (Sevin/TSE) decidiu mudar toda a tecnologia por trás do sintetizador anterior, instalado nos equipamentos em 2020.
Apesar de representar um avanço diante dos antigos áudios gravados que funcionaram nas urnas de 2000 a 2018 – que comunicavam o cargo em votação e os números das candidaturas, mas ainda não informavam o nome dos concorrentes -, a sintetização de voz necessitava de um toque mais “humano” para melhorar a compreensão das palavras pelo eleitorado com deficiência visual.
De acordo com o chefe da Sevin, Rodrigo Coimbra, a efetiva integração do recurso às urnas eletrônicas durou três meses e contou com a participação de 16 servidores e colaboradores que, durante o período, se dedicaram à pesquisa, à adaptação do software e aos testes da nova funcionalidade.
Um trabalho minucioso em prol da democracia e inclusão de pessoas com deficiência no processo eleitoral brasileiro. “Agora a fala [do sintetizador de voz] é muito mais natural e inteligível”, explicou Rodrigo Coimbra.
Com TSE