O respeitado pastor Augustus Nicodemus, conhecido por sua atuação no meio evangélico, lançou um alerta sobre os perigos da doutrina da “hiper graça”. O termo refere-se a um movimento que busca destacar a graça de Deus em Cristo nas igrejas evangélicas, utilizando a preposição grega “hiper,” que significa mais, abundante, excedente, e é encontrada em Romanos 5.20, onde Paulo afirma que “onde abundou o pecado, superabundou a graça”.
Esse ensinamento é taxado por alguns teólogos como uma “doutrina de demônios”, devido à sua incoerência com a Bíblia Sagrada.
Embora o movimento tenha como intenção corrigir o legalismo evidente em alguns setores evangélicos, o pastor Nicodemus expressa preocupação devido a uma interpretação equivocada do ensino bíblico sobre o “já” e o “ainda não” – a presença atual do Reino de Deus e sua futura vinda, conforme ensinado por Jesus.
Segundo Nicodemus, a doutrina da “hiper graça” enfatiza erroneamente o “já” sem considerar o “ainda não”. Ele destaca que, biblicamente falando, os cristãos foram salvos, mas ainda não estão livres do poder e da presença do pecado. Satanás foi derrotado, mas continua a tentar os servos de Deus. A morte com Cristo já ocorreu, mas a natureza pecaminosa precisa ser mortificada diariamente. A ressurreição com Cristo é uma realidade, mas a morte ainda é inevitável. A cura das enfermidades foi conquistada na cruz, mas as doenças persistem, e a morte ainda aguarda a todos.
A crítica central do pastor Nicodemus é que a doutrina da “hiper graça” ensina que não é necessário confessar os pecados diariamente, afirmando que a santificação já está completa e que o arrependimento é apenas uma reorientação mental. Ele expressa preocupação com a ilusão que esse ensino pode criar, prometendo um estado de perfeição quase utópico neste mundo.
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