Um novo documentário lançado nos EUA mostra o que está por trás da indústria que leva crianças com disforia de gênero e passarem por transição médica e cirúrgica.
O documentário chamado de “Trans Mission: What’s the Rush To Reassign Gender?” [Trans Missão: Qual é a pressa para reatribuição de gênero? – em tradução livre] é um projeto da ex-enfermeira pediátrica Jennifer Lahl, fundadora e presidente do Centro de Rede de Bioética e Cultura.
Ao longo do material, pais, profissionais médicos e ativistas preocupados são entrevistados e falam sobre a exploração de crianças, adolescentes e jovens adultos, muitos deles com necessidades especiais, que estão lutando contra a disforia de gênero ou traumas familiares.
Lahl também vai mostrar como os procedimentos médicos e cirúrgicos que alteram a vida, incluindo bloqueadores da puberdade, hormônios do sexo cruzado e cirurgias cosméticas eletivas, como mastectomias duplas e a remoção de testículos.
“Eu pensei, nós realmente precisamos fazer um filme focado em se devemos permitir que as crianças façam esse ‘tratamento’ experimental que tem consequências significativas a curto e longo prazo para sua saúde”, disse Lahl ao Christian Post.
Ao contrário das ideias apresentadas pelos defensores da afirmação da identidade de gênero em crianças, Lahl enfatizou que a disforia de gênero – que ela definiu como o “estado de confusão onde, ‘eu não me sinto confortável em meu corpo, não gosto do que está acontecendo com meu corpo e a mudança ao entrar na puberdade'”- não é um fenômeno novo, nem significa que uma criança nasceu no corpo errado.
A profissional de saúde alerta que é preciso entender o que está acontecendo com a criança em casa e na escola, pois a “transição médica e cirúrgica não é uma terapia apropriada para esse tipo de sentimento”.
A transição das crianças é uma questão que cruza as linhas políticas, até mesmo com membros da comunidade LGBT se manifestando contra o fenômeno. Mas aqueles que discordam publicamente da pressão para afirmar a identidade de gênero em crianças são frequentemente silenciados pela grande mídia ou banidos das plataformas sociais.
“Trans Mission” mostra o relato de pais que foram ameaçados por médicos dizendo que o filho não mudasse de gênero, cometeria suicídio. “Você prefere ter um filho vivo ou uma filha morta?” é uma das perguntas feitas.
Assustados, os pais autorizam as mudanças medicamentosas ou cirúrgicas em seus filhos, mesmo se opondo ao desejo da criança de mudar de sexo.
Lahl chamou esses métodos de “inescrupulosos” e “manipuladores”, acrescentando: “Tenho uma simpatia incrível por esses pais porque eles se sentem como se ninguém estivesse ao seu lado. Eles acham que os médicos estão contra eles. As escolas são contra eles e dizem: ‘Você deve permitir que seu filho mude seus pronomes‘”.
Ainda há o relato de uma pessoa trans que se sente “empurrada” para o procedimento por um médico “faminto por dinheiro” que teria garantido que todos os seus problemas seriam solucionados após a cirurgia.
“Na verdade eles ficam com corpos mutilados e precisa viver com essas consequências para sempre”, diz Lahl. “E ainda descobrem que a mudança não consertou nada”.
Por meio do documentário, Lahl diz que espera fornecer aos pais as ferramentas necessárias para combater a pressa em fazer a transição dos filhos por meio de drogas experimentais que alteram a vida e cirurgias que removem seus seios e mutilam seus genitais.
Aumento de transição de gênero no Reino Unido
Um estudo recente do Reino Unido descobriu um aumento de 5.000% entre adolescentes que vão a clínicas de gênero em busca de ajuda com a incongruência que experimentam entre seu senso interno de identidade e seu sexo biológico.
Embora muitos fatores estejam contribuindo para esse aumento, uma razão clara por trás disso, disse Lahl, é o contágio social alimentado por celebridades e mídias sociais. Essa ideia é corroborada por um estudo de 2019 da Brown University, que descobriu que pais de crianças com disforia de gênero viram seus filhos sofrerem pressão para se encaixar em seu grupo de amigos.
O documentário está em inglês e pode ser visto no Youtube.