Prática presente em diversas religiões, o dízimo consiste na doação de 10% da renda dos fiéis como ato de gratidão a Deus e por conseguinte, para sustentar atividades religiosas e obras sociais. Com origens bíblicas, o ato é visto como expressão de gratidão e reconhecimento da soberania divina, mantendo relevância em igrejas cristãs atuais.
Das raízes bíblicas ao significado espiritual
A palavra “dízimo” vem do latim *decimus* (décimo) e remete à tradição de destinar 10% dos ganhos a Deus. No Antigo Testamento, Abraão ofertou parte de seus bens a Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo, enquanto a Lei Mosaica formalizou a prática para sustentar a tribo de Levi e ajudar necessitados. Já no Novo Testamento, embora não imposto como regra, o ato é reforçado como gesto de generosidade, como lembra um trecho bíblico: “Cada um contribua conforme decidiu em seu coração”.
Por que o dízimo importa para Deus?
A contribuição vai além do aspecto financeiro: simboliza reconhecimento de que tudo vem da divindade. Teólogos destacam que entregar o dízimo é um exercício de fé, confiança e humildade, além de fortalecer o vínculo espiritual. “É uma prova concreta de que colocamos Deus acima dos bens materiais”, explica uma interpretação religiosa.
O papel do dízimo na estrutura das igrejas
Nas comunidades cristãs, os recursos arrecadados são usados para manter templos, apoiar missionários e financiar projetos sociais, como distribuição de alimentos e atendimento a grupos vulneráveis. Pastores ressaltam que, sem o dízimo, muitas atividades cessariam. “É uma forma de participar ativamente da missão da igreja”, comenta um líder evangélico.
Como a prática é vista hoje?
Denominações como Assembleias de Deus e Batistas incentivam a contribuição regular, citando passagens como Malaquias 3:10: “Trazei todos os dízimos […] e vereis as bênçãos”. Já outras vertentes enfatizam a voluntariedade, focando no caráter espontâneo da doação. Independente da abordagem, o consenso é que o gesto mantém viva uma tradição milenar de partilha.