CPAD/CGADB rafirma as naturezas divina e humana de Jesus na próxima lição; confira

Neste trimestre, a Lição Bíblica de Adultos da CPAD/CGADB (Casa Publicadora das Assembleias de Deus) tem como tema central “Em Defesa da Fé Cristã – Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência”. Sob a coordenação do comentarista Esequias Soares da Silva, teólogo e escritor, a série explora desafios históricos e contemporâneos à ortodoxia cristã, com enfoque na próxima Lição 7, que abordará “As naturezas humana e divina de Jesus”, a ser ministrada em todas as Assembleias de Deus do Brasil.

Contexto histórico e teológico

A Lição 7 revisita debates teológicos que moldaram os primeiros séculos do cristianismo. Após a definição da Cristologia no Concílio de Niceia (325 d.C.) e da Trindade no Concílio de Constantinopla (381 d.C.), novas controvérsias surgiram sobre a coexistência das naturezas humana e divina em Cristo, culminando no Concílio de Calcedônia (451 d.C.), realizado onde hoje é Istambul, Turquia. O concílio rejeitou o Nestorianismo (que defendia a separação das naturezas de Cristo em duas pessoas) e o Monofisismo (que pregava a fusão das naturezas em uma só), afirmando a união perfeita e indivisível das duas naturezas em uma única pessoa: “verdadeiro Deus e verdadeiro homem”.

Ensino bíblico e heresias combatidas

A Lição destaca passagens como Romanos 1:3-4 e Filipenses 2:5-11, que fundamentam a dupla natureza de Cristo. O apóstolo Paulo, por exemplo, enfatiza a descendência davídica de Jesus “segundo a carne” e sua divindade como “Filho de Deus em poder” (Rm 1:3-4). Já o hino cristológico de Filipenses 2 ilustra a humilhação voluntária de Cristo sem abdicar de sua essência divina.

Esequias Soares alerta para os riscos de reinterpretações modernas que distorcem essas verdades, como o Kenoticismo (ideia de que Jesus “esvaziou-se” de atributos divinos na encarnação) e a Mariolatria (culto excessivo a Maria como “mãe de Deus”, termo contestado por Nestório no século V). “A Bíblia é clara: Jesus é 100% Deus e 100% homem, sem divisão ou confusão entre suas naturezas”, reforça o comentarista.

Relevância

O estudo também chama atenção para grupos históricos influenciados por heresias rejeitadas em Calcedônia, como as igrejas ortodoxas cóptica e armênia, que adotam visões monofisistas. Além disso, critica práticas como a veneração mariana excessiva no catolicismo romano, associando-a a desvios teológicos.

“Conhecer a história dos concílios e os fundamentos bíblicos é essencial para evitar que erros antigos ressurgem com roupagem nova”, afirma Soares. A Lição conclui incentivando os cristãos a se aprofundarem nos credos históricos e nas Escrituras como antídotos contra falsas doutrinas.

Próximos passos

A Lição 7 será ministrada nacionalmente nopróximo domingo, 16, reforçando o compromisso das Assembleias de Deus com a ortodoxia cristã. O material está disponível nas livrarias da CPAD e na plataforma digital da editora.

“Que a Igreja permaneça alerta, guardando o depósito da fé que nos foi entregue”, conclui Esequias Soares, citando Judas 1:3.