O senador Davi Alcolumbre não permitiu que o ex-ministro da Justiça, André Mendonça, fosse sabatinado no Senado para poder ocupar a vaga como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Mostrando sua insatisfação contra o presidente Jair Bolsonaro, que indicou Mendonça, Alcolumbre está há mais de três meses com o pedido engavetado, gerando grande insatisfação dos políticos evangélicos.
O deputado federal Cezinha de Madureira revelou à imprensa que os evangélicos podem se unir para que Alcolumbre seja derrotado nas urnas em 2022.
Interessado na reeleição como senador, Alcolumbre precisa dos votos dos evangélicos para permanecer no cargo. O Amapá é o estado com a maior proporção de evangélicos, 40%, uma força política muito importante.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) sabe dessa força e tem conversado com lideranças evangélicas para impedir que Alcolumbre seja reeleito e para conseguir se eleger como governador.
“É uma questão de honra derrotar Davi Alcolumbre na urnas lá no Amapá”, resume Cezinha em entrevista à Veja.
Segundo o deputado que é presidente da Frente Parlamentar Evangélica, está “todo mundo” contra o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
“Está todo mundo se unindo contra o Alcolumbre, porque ele está abusando do poder dele com os colegas. Com essa postura, Alcolumbre está legislando em causa própria”.
Se sentindo esnobado por Alcolumbre, Cezinha tem feito reuniões com lideranças evangélicas e juntos preparam uma nova estratégia para convencê-lo a marcar a sabatina do advogado antes do recesso do Congresso Nacional.
Uma dessas estratégias pode ser a “invasão” das sessões da CCJ por parlamentares aliados de Mendonça. O grupo pretende levar faixas e fazer barulho para pressionar Alcolumbre a marcar a data da sabatina.