Um grupo de aproximadamente 100 feministas cercou uma igreja católica em Medellín, na Colômbia, e atearam fogo na igreja enquanto cerca de 50 pessoas participavam da missa. Na imagem, homens observam danos causados na igreja.
O crime aconteceu no dia 28 de setembro, data onde vários países da América Latina realiza marchas em favor da legalização do aborto.
Os fiéis que estavam na Igreja de São Inácio ficaram 30 minutos trancados enquanto o grupo atacava o exterior da igreja. Uma moradora da região usou o Twitter para dizer que a Polícia não esteve no local para ajudar os fiéis da igreja.
Segundo o jornal El Colombiano, tudo começou por volta das 18h30 (hora local), quando foi celebrada a missa das 18h00 na paróquia de San Ignacio de Loyola, em Medellín.
O pároco, Pe. Guillermo Zuluaga, disse ao jornal que cerca de 100 mulheres foram à praça onde fica a igreja, gritando palavras de ordem pró-aborto. Ao ouvir a manifestação, um grupo de fiéis correu para fechar as portas para impedir a entrada do grupo.
Com o fechamento das portas as manifestantes ficaram exaltadas, passaram a pichar as portas e paredes da igreja, derrubaram grades e atearam fogo.
“Houve muito pânico, porque quando começaram a queimar as portas, as pessoas ficaram com medo de morrerem queimadas”, declarou o padre.
Foram os próprios fiéis que usaram os extintores de incêndio para impedir que as chamas se propagassem. “Esta não foi uma manifestação a favor de uma ideia, foi uma expressão de violência”, lamentou Pe. Zuluaga.
Os dados causados na igreja foram avaliados em cerca de 20 milhões de pesos colombianos, aproximadamente 5.200 dólares (ou R$ 28.700). Isso porque a porta que foi incendiada é bicentenária.
Chamado de “Ação Global Por um Aborto Legal e Seguro“, o movimento surgiu em 1990 na Costa Rica e se espalhou para vários outros países latino americanos.