cgadb intensifica alerta contra o unicismo em 2025 e renova críticas ao ministério voz da verdade
Em maio de 2023, a Convenção Geral dos Ministros das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) aprovou um manifesto contra o unicismo durante sua 46ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) em Novo Hamburgo (RS). O documento, elaborado pelo Conselho de Doutrina e pela Comissão de Apologética, classificou o unicismo como uma heresia derivada do modalismo e do sabelianismo, condenando grupos como o Conjunto Voz da Verdade, Tabernáculo da Fé e Testemunhas de Yehoshua por negarem a doutrina da Trindade.
O manifesto destacou que a Trindade — a união de três Pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo) em uma só Divindade — é fundamentada em passagens bíblicas como Gênesis 1:1 (uso de Elohim, plural majestático) e Mateus 28:19 (batismo em nome das três Pessoas). Já o unicismo, segundo a CGADB, distorce essa visão ao afirmar que Deus é uma única Pessoa que se manifesta em “modos”, equiparando-se a heresias históricas como as defendidas por Sabélio no século III.
ATUALIZAÇÕES EM 2025: NOVOS ALERTAS E ESTUDOS DOUTRINÁRIOS
- Repercussão do Manifesto e Renovação das Críticas
Em janeiro de 2025, a CGADB voltou a alertar sobre os riscos do unicismo, especialmente através das músicas do Conjunto Voz da Verdade. O pastor Esequias Soares, presidente da Comissão de Apologética, destacou em um estudo baseado na Lição 4 do trimestre da CPAD (1º trimestre de 2025) que letras podem disseminar conceitos contrários à Trindade. Soares citou declarações polêmicas do grupo, como “A Trindade nasceu no inferno”, reforçando a necessidade de vigilância . - Estudo da Trindade na Escola Bíblica Dominical
A CPAD lançou em 2025 um material didático focado na defesa da Trindade, intitulado “Deus é Triuno”. A Lição 4, ministrada por Esequias Soares, abordou:
Evidências bíblicas da Trindade: desde o plural Elohim (Gênesis 1:26) até a manifestação das três Pessoas no batismo de Jesus (Mateus 3:16-17).
Heresias modernas: o unicismo foi classificado como uma “antiga heresia com nova roupagem”, comparável ao sabelianismo. O estudo enfatizou que negar a distinção entre Pai, Filho e Espírito Santo compromete a soteriologia cristã .
- Viralização da “Lista Negra” e Controvérsias
A “lista negra” de igrejas unicistas, divulgada em 2023, voltou a circular nas redes sociais em fevereiro de 2025, gerando debates sobre a influência desses grupos. A CGADB reiterou a orientação para que as igrejas evitem músicas e literatura de ministérios acusados de unicismo, como o Voz da Verdade, cujas canções ainda são populares em cultos assembleianos .
Um exemplo emblemático ocorreu em junho de 2023, quando o ex-presidente da CGADB, pastor José Wellington Bezerra da Costa, cantou publicamente um hino do Voz da Verdade e falou em línguas, levantando questionamentos sobre a coerência doutrinária da liderança .
ANÁLISE TEOLÓGICA: TRINDADE VS. UNICISMO
- Fundamentos Bíblicos da Trindade
Antigo Testamento: O uso de Elohim (plural) e passagens como Gênesis 1:26 (“Façamos o homem à nossa imagem”) indicam a pluralidade na unidade divina.
Novo Testamento: A fórmula batismal de Mateus 28:19 e a bênção apostólica em 2 Coríntios 13:13 explicitam as três Pessoas distintas.
- Críticas ao Unicismo
Reducionismo teológico: O unicismo nega a coexistência eterna das três Pessoas, alegando que “Deus é Jesus” em diferentes modos. Isso contradiz passagens como João 8:17-18, onde Jesus e o Pai são claramente distintos.
Riscos pastorais: A CGADB alerta que a música unicista, ao emocionar sem instruir, pode levar fiéis a adotarem doutrinas heterodoxas sem perceber.
CONCLUSÃO: A DEFESA DA ORTODOXIA EM 2025
A CGADB mantém sua posição firme: a Trindade é inegociável para a fé assembleiana. Em 2025, a estratégia inclui:
Educação doutrinária: Uso de materiais como as Lições da CPAD para combater heresias .
Vigilância cultural: Monitoramento de músicas e eventos que possam infiltrar ideias unicistas.
Unidade denominacional: Reforço da Declaração de Fé, que condena o unicismo no Capítulo III..
Para o pastor Esequias Soares, “a música não é neutra: ou glorifica a Trindade ou a corrompe”. Em um cenário onde grupos como o Voz da Verdade continuam influentes, a CGADB espera que 2025 seja um ano de reafirmação da identidade trinitariana das Assembleias de Deus.